quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Não existe lixo, existe matéria-prima fora do lugar.

Coisas fora do lugar

Por Charles Nisz |
Lixo – nova legislação e coleta seletiva, foi o tema do debate de ontem (15) na série Encontros Estadão e Cultura, conforme antecipei no post anterior. Denis Bugierman (jornalista e editor do blog Isso não é normal), Luiz Gonzaga Pereira (presidente da Loga Logística Ambiental) e Sergio Alves (Secretário Adjunto e Diretor do Departamento de Limpeza Urbana – Limpurb) discutiram o tema.
O título do post é inspirado pelo economista Paulo Sandroni, da FGV. Para ele, “não existe lixo, existe matéria-prima fora do lugar”. Considero um excelente ponto para começar uma discussão sobre o descarte, reciclagem e destino final do lixo produzido nas cidades. Mas o problema não é novo: já no século XVI havia registros de lixo jogado nos arredores da vila de São Paulo.
Todos os dias, São Paulo produz 17 mil toneladas de lixo – cerca de 1,5 quilos para cada um dos 11 milhões de habitantes. Para acondicionar esse lixo é necessária uma área equivalente a 270 campos de futebol com 50 andares de altura, contou Bugierman. Sim, os números impressionam e assustam.
Mas essa numeralha não é o ponto crítico: dessas 17 mil toneladas, apenas 1% será reciclada. Pereira traz os números apurados pela Loga Logística, responsável pela coleta em metade da metrópole: a cada dia, apenas 60 das seis mil toneladas coletadas pela empresa serão recicladas.
Apesar do esforço de 45 mil catadores de lixo, 150 cooperativas, além das ações individuais, São Paulo recicla apenas 20% do lixo produzido. O poder público recicla apenas 1% das 17 mil toneladas diárias.  Não à toa, a dissertação de mestrado de Sérgio Alves, diretor do Departamento de Limpeza Urbana tem o título de “Estado poluidor”.
O diretor dá um exemplo das dificuldades enfrentadas na gestão do lixo: “Gostaria de acabar com documentos internos e memorandos, mas não há um esquema de certificação digital. Sou obrigado a assinar um documento em quatro vias e mandar um motorista levar os papéis do Canindé ao Ipiranga”.  Parece um absurdo saído das páginas de Kafka…
A primeira pergunta a ser feita: por que São Paulo não tem uma agência reguladora para gerenciar e fiscalizar o lixo? A segunda questão: como educar e integrar esses 45 mil catadores às cooperativas de modo rentável? Para esses trabalhadores, é mais lucrativo permanecer na informalidade, explica Alves.
Parenteses rápido, sobre os catadores: a situação irregular deles impacta também o (já caótico) trânsito de São Paulo. Consideradas veículos, as carroças são registradas no Detran. Ou seja, são 45 mil veículos a mais nas ruas – 1% da frota paulistana.
Há inúmeras questões a serem resolvidas quanto às cooperativas de reciclagem de lixo. Pereira aponta os problemas no licenciamento ambiental desses espaços como a maior dificuldade. Mas há esperança: a Defensoria Pública entrou com uma ação civil e a Prefeitura tem prazo de um ano para regularizar a coleta.
São Paulo gasta pouco do seu orçamento com a coleta de lixo. Dos R$ 29 bilhões do orçamento da cidade, apenas R$ 1,1 bilhão são gastos com a limpeza. É apenas a 18a colocada no ranking das metrópoles globais. Para se ter idéia, são apenas 36 fiscais para fiscalizar esse sistema em toda a cidade.
Isso para não falar nas oportunidades de negócios jogadas, literalmente, no lixo. Acondicionar os restos em sacos é anti-ecológico e ineficiente. Pareira sugere o uso de conteineres, facilitando o transporte do material.
Bugierman traz exemplos de outros países: no Japão, os sacos de lixo são caríssimos e isso obriga as pessoas a produzirem menos lixo. Nos EUA, equipes da limpeza urbana “investigam” o seu lixo e quem não separa o lixo de maneira adequada é multado. Por outro lado, quem produz menos lixo, recebe desconto no seu imposto. O índice de reciclagem em Nova York é o dobro da capital paulista.
Compostagem foi outro tema importante lembrado por Bugierman nessa discussão. Boa parcela do lixo poderia ser usado para produzir adubo caseiro. É bem apropriado pensar nisso quando o consumo de fertilizantes industriais aumentou em 5% em relação ao ano passado.
Não basta olhar o passado, precisamos pensar qual cidade queremos para o futuro. A Copa de 2014 demandará várias mudanças na infra-estrutura urbana e a gestão do lixo precisa ser prioridade. Vamos lembrar que a revitalização de Barcelona foi impulsionada pelos Jogos Olímpicos.
Deixo, por fim, mais uma questão para vocês. Um assunto não abordado nesse tema é a expansão da “fronteira do lixo”. Nos EUA, a cada ano são necessários mais 1400 hectares para armazenar o lixo. Num mundo onde há muita especulação territorial, é desperdício gastar terreno para gerenciar (mal) o lixo.
Não há dados sobre a velocidade dessa expansão aqui no Brasil. Mas tentem imaginar o quanto estamos perdendo cada vez que abrimos um terreno para criar um aterro sanitário. Se você tem dados sobre a gestão do lixo no País, deixe nos comentários deste post.
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Empresa desenvolve garrafas de vidro mais amigáveis ao meio ambiente

O novo produto, disponível para armazenar vinhos, utiliza menos matéria-prima e economiza energia no processo produtivo

 
Divulgação
Da esq. p/ a dir.: garrafa Bordeaux 375 ml; Bordeaux rolha 750 ml; e Bourgogne Rolha 750 ml
O braço brasileiro da multinacional Verallia coloca no mercado esta semana garrafas de vidro que poluem menos. Projetadas para causar menor impacto no meio ambiente, essas garrafas têm um peso menor do que as embalagens comuns, utilizando até 15% menos matéria-prima. Durante o processo produtivo, há redução de 15% nas emissões de CO2 e de 4% no gasto de energia. No transporte das garrafas, também há economia de 6% na emissão de poluentes e até mil unidades a mais por carregamento (um pallet extra por caminhão), segundo o fabricante.

A nova garrafa serve para armazenar vinhos e está disponível nos modelos Bordeaux e Borgonha. A empresa espera que a inovação represente 10% das vendas até o final de 2010 e 30% até 2013. Entre os primeiros clientes a utilizar a nova garrafa estão as vinícolas Salton, Miolo, Galiotto, Cordelier, Perini e Campo Largo.

A intenção da empresa é desenvolver, no médio prazo, um portfólio completo de embalagens mais amigáveis ao meio ambiente em todos os segmentos de mercado em que atua.

Brilhantes considerações -O luxo do lixo (Wilson Quintaneira

Prezado Wilson Quintaneiro,
Li com muito prazer suas reflexões sobre o que fazer com o lixo (link abaixo). São deliciosas as lembranças sobre a época em que o lixo não era problema, ao contrário da grandeza e complexidade dos problemas atuais.

Quero, no entanto, respeitosamente discordar de suas sugestões sobre a incineração; a forma de gestão e tratamento de lixo que escolhemos provoca diferentes impactos sociais e ambientais.

Você diz que todos os materiais devem ser recuperados e reciclados prioritariamente e o "resto" incinerado. Aparentemente faz sentido, parece ser uma idéia razoável. Mas só aparentemente.

Mas até mesmo essa idéia, de incinerar o “resto”, aparentemente razoável, não resistiu ao lobby feito no Senado, na recente aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos.Mas afinal de contas, quais são os problemas com a incineração? Um Deputado do Estado de São Paulo costuma dizer que Deus recicla e o Diabo incinera.
Não se trata de discutir religião, mas de atentar que o Diabo mora nos detalhes.

Alguns argumentos que apresento abaixo são do Dr. Paul Connett, Profesor de Química e toxicologia ambiental da Universidad de St. Lawrence, facilmente acessível na Internet.

Costuma-se lembrar que em outros países a incineração é uma pratica popular e bem aceita. Não é bem assim. Nos Estados Unidos, Alemanha, Japão, França as tentativas  de expansão desse sistema encontram forte resistência da população. Não é por acaso. O Japão, por exemplo, que tem muitos incineradores em operação é o maior emissor mundial de Dioxinas. Mas o problema não são apenas as Dioxinas, que lentamente vão se acumulando nas pessoas, animais e meio ambiente Há outros subprodutos formados durante a incineração que sequer são conhecidos seus impactos sobre a saúde pública e o meio ambiente.
Mas esqueçamos as dioxinas e os demais subprodutos. Para as emissões que são parcialmente conhecidas é preciso que existam regras específicas, monitoramento adequado e forte controle para que se cumpram essas regras. Nas precárias condições de gestão dos resíduos dos municípios e da maioria dos estados brasileiros, que o senhor tão bem descreveu, é bem provável que o controle rigoroso seja uma quimera.
Mas esqueçamos os prováveis problemas de monitoramento e controle. De um melhor controle das emissões dos gases decorre que mais metais pesados e dioxinas vão parar nas cinzas. Então, de três toneladas de lixo incinerado, criamos uma tonelada de cinzas perigosas, que devem ser destinadas a um aterro especial.
Mas esqueçamos que a incineração cria resíduos perigosos. Pode-se gerar energia elétrica a partir do lixo. Para um mundo sedento (e embriagado) de energia (a maior parte destinada a manter uma forma de vida insustentável), é uma proposta pra lá de sedutora. Mas há um engano aí. Gera-se bem pouca eletricidade. Se pode economizar em torno de  4 vezes mais energia  reutilizando, reciclando ou compostando os mesmos materiais que seriam incinerados; como esses não retornam à cadeia produtiva, é preciso substituí-los pela extração de matérias primas, que consome energia e contribui para o aquecimento global.
Mas esqueçamos que há formas mais econômicas de se economizar energia. A implantação de incineração irá gerar postos de trabalho formais, preferencialmente para catadores.  É verdade. Mas o número de empregos gerados pela recuperação de materiais face aos gerados pela incineração são mais de 600 vezes maiores nos Estados Unidos (Institute for Local Self-Reliance, 1997, citado em: Tangri, N. (2003), Waste incineration: a dying technology. Berkeley: GAIA) e tende a ser maior no Brasil, onde a mão de obra é significativamente mais barata e onde há um extenso setor informal já atuando nessas atividades.
No Brasil, trabalham aproximadamente 1 milhão de catadores e catadoras. A maioria desses trabalha de forma autônoma e o restante está inserido em cerca de 500 organizações. Hoje, aproximadamente 2% dos resíduos sólidos domiciliares são reciclados no Brasil, estamos apenas no início da expansão deste setor.
Podemos esquecer das dioxinas e outros subprodutos; dos problemas de monitoramento e controle; da produção de resíduos perigosos; de que há formas mais inteligentes de economizar energia;  até mesmo de que a incineração irá fragilizar ainda mais a situação de 1 milhão de catadores e catadoras. Só não podemos esquecer, caro Senhor Wilson, de nos posicionarmos firmemente, assim como o senhor fez.
Abraços,
Dan Moche Schneider
13-34264832    11-91094431
correio eletrônico  dan_moche@yahoo.com.br  
Skype  dan.moche.schneider

Cooperativa processa 180 toneladas de material reciclável por mês em cidade no interior de São Paulo

Administrada por uma cooperativa, a coleta seletiva de Assis,  a 450 quilômetros da capital paulista, chega a 85% do território urbano. A expectativa é alcançar toda a cidade até abril de 2011.


Com 90 mil habitantes, o município é considerado referência nacional no setor por ter feito a opção de buscar um meio de inclusão social e geração de trabalho e renda por meio do processamento de resíduos sólidos.


A atuação dos cooperados foi viabilizada a partir de um convênio com a prefeitura de Assis. A expansão da coleta seletiva domiciliar para 85% da cidade foi concluída somente nesta semana. Mensalmente, são triadas 240 toneladas de materiais coletados por integrantes da Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Assis (Coocassis). Desse montante, 180 passam por algum tipo de processamento, enquanto o restante é vendido in natura – como o papelão, por exemplo.


Para o presidente da Coocassis, Claudineis de Oliveira, quando a coleta dos materiais recicláveis é realizada junto ao lixo comum há grandes perdas. Ele explica que isso ocorre pelo contato entre o material reciclável com resíduos orgânicas e rejeitos que contaminam os produtos, tornando-os inadequados para a comercialização. É o que ocorre na capital, por exemplo, onde a coleta seletiva não tem grande abrangência.


Em Assis, pelo menos 13% do material é encontrado em meio ao lixo comum, nos locais em que a coleta seletiva ainda não foi implantada. Nas demais regiões, onde há a atuação dos cooperados junto aos domicílios, a mistura com o lixo orgânico cai para 1%, reduzindo, dessa forma, o índice de desperdício.


O material coletado em maior quantidade é o papelão, seguido do plástico. Este, porém, promove retorno financeiro maior. Enquanto o primeiro é vendido por R$ 0,28, o segundo pode ser comercializado a R$ 0,80 por quilo.


Mesmo com os avanços já obtidos, algumas adequações ainda estão sendo realizadas pela cooperativa para o acompanhamento sistematizado da coleta dos materiais, bem como a aquisição de mais equipamentos e caminhões para o transporte dos materiais coletados e também processados. A construção de um centro de processamento com abrangência regional está em fase de conclusão. A expectativa é que isso resulte em maior acúmulo de materiais para a venda e processamento do plástico e outros materiais, agregando mais valor aos produtos.


Benefícios ao município


A cooperativa foi formada em 2001, a partir da união entre a Cáritas, organização ligada à Igreja Católica, e o Núcleo de Incubadora de Cooperativas, projeto de extensão da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O Núcleo é responsável pelo suporte, capacitação e orientação dos membros do empreendimento.


A implantação da Coocassis, que visa especificamente à atuação dos seus integrantes na coleta dos materiais recicláveis, alterou o cenário de problemas ambientais que a cidade registrava. Até 2003, por exemplo, todo lixo produzido pela população da cidade era jogado diretamente no aterro sanitário municipal.


Naquele ano, a cooperativa se estabeleceu formalmente e propôs uma parceria com o município para a atuação junto ao Parque de Reciclagem e Compostagem de Resíduos Sólidos. Inicialmente, a separação do material era realizada somente na esteira de seleção, em meio ao lixo orgânico, já que ainda não havia coleta seletiva domiciliar, o que seria implantado somente em 2005.


Da mesma forma, benefícios sociais foram alcançados, como a garantia de trabalho e renda para 140 cooperados, que atualmente compõem a cooperativa. No programa de coleta seletiva, a cidade é dividida em cinco setores, com a visita domiciliar sendo realizada uma vez por semana em cada região.


A coordenadora da esteira de triagem de materiais recicláveis, Noemia Virgínia Vitor, se emociona ao dizer que a partir do trabalho que realiza na cooperativa, conseguiu comprar a sua casa, onde mora com três filhas, três genros e sete netos. “Depois que entrei na cooperativa mudou tudo. Antes eu vendia saco de lixo pelas ruas. Às vezes conseguia só R$ 2 em um dia. Com a cooperativa mudou a forma como nós atuamos e a maneira como as pessoas nos vêem, entre vários outros benefícios.”

Fonte: Vanessa Zandonade, especial para a Rede Brasil Atual

Novas regras para dar destino correto ao lixo

MIRELLA POYASTRO | 

A ausência de regras para tratamento das 150 mil toneladas de lixo produzidas diariamente nas cidades brasileiras é considerada um dos mais sérios problemas do país. Desse total, 59% vão para os lixões (onde há lançamento de resíduos a céu aberto).

Apenas 13% do lixo têm destinação correta, em aterros sanitários. Dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 405 tinham serviço de coleta seletiva em 2008, de acordo com levantamento que embasou a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada no início do mês pelo Congresso Nacional, após tramitar na Câmara dos Deputados, desde 1991.

À espera da sanção presidencial, o texto visa reduzir a geração de resíduos, incentivar a reciclagem e determinar a forma correta da destinação final do lixo remanescente, de responsabilidade dos municípios brasileiros.

O projeto proíbe expressamente a criação de lixões. Todas as prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem. Será vedado catar lixo, morar ou criar animais em aterros.

Com 58 artigos dispostos em 43 páginas, a "Política de Resíduos Sólidos" traz novidades como a "logística reversa", que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a realizarem o recolhimento de embalagens usadas. Foram incluídos nesse sistema agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e eletroeletrônicos. Introduz ainda a "responsabilidade compartilhada", envolvendo a sociedade, as empresas, as prefeituras e os governos estaduais e federal na gestão dos resíduos sólidos. A proposta estabelece que as pessoas terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, separando itens onde houver coleta seletiva. Pela nova política, os municípios só receberão dinheiro do governo federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos depois de aprovarem planos de gestão.

"Apesar de genérica e tardia, pois sofreu 19 anos de lobby econômico no Congresso, a política nacional veio em boa hora. E ao contrário do que se diz, a legislação ambiental é estimuladora e fomenta a correção de problemas com incentivos", afirma o vereador e ambientalista Beto Moesch.

Proibições

- Importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos.

- Lançamento de resíduos sólidos no mar, rios e lagos e in natura a céu aberto.

- Queima de lixo a céu aberto ou em instalações não licenciadas.

- O infrator cometerá crime federal, que prevê pena máxima de cinco anos de reclusão e multa, de acordo com as sanções previstas para crimes ambientais relacionados à poluição. A pena, no entanto, não se aplica no caso do lixo doméstico.

O que muda com a nova lei 

Consumidores

- Pela lógica da "responsabilidade compartilhada", os consumidores finais estão também responsabilizados e terão de acondicionar de forma adequada seu lixo para a coleta, inclusive fazendo a separação onde houver coleta seletiva.

Poder público

- Após a sanção da lei, os municípios terão prazo de quatro anos para fazer um plano de manejo dos resíduos sólidos em conformidade com as diretrizes.

- Todas as entidades estão proibidas de manter ou criar lixões. As prefeituras deverão construir aterros sanitários adequados ambientalmente, onde só poderão ser depositados os resíduos sem qualquer possibilidade de reaproveitamento ou compostagem.

- União, estados e municípios são obrigados a elaborar planos para tratar de resíduos sólidos, estabelecendo metas e programas de reciclagem. Os municípios só receberão dinheiro federal para projetos de limpeza pública e manejo de resíduos sólidos após aprovação dos planos de gestão. Os consórcios intermunicipais para a área de lixo terão prioridade no financiamento federal.

- Há possibilidade de incineração de lixo para evitar o acúmulo de resíduos.

Indústria e comércio

- A "logística reversa" obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a criarem mecanismos para recolher as embalagens após o uso. A medida vale para agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, eletroeletrônicos e todos os tipos de lâmpadas. As empresas deverão dar a destinação adequada.

Cooperativas e associações

- O poder público deve incentivar atividades de cooperativas e associações por meio de linhas de financiamento.

- As embalagens de produtos fabricados em território nacional deverão ser confeccionadas a partir de materiais que propiciem sua reutilização ou reciclagem para viabilizar mais empregos.

Fonte: Agência Senado e Instituto Akatu
 Cooperativas e associações de recicladores terão incentivo dos governos<br /><b>Crédito: </b>  alexandre mendez / cp memória
Cooperativas e associações de recicladores terão incentivo dos governos
Crédito: alexandre mendez / cp memória

São Bernardo terá usina para transformar lixo em energia em 2012

Aline Bosio

Reprodução
Instalado no bairro do Alvarenga, junto ao antigo lixão, o espaço terá aproximadamente 30 mil metros quadrados e custará cerca de R$ 220 milhões
São Bernardo terá, em 2012, uma Usina de Recuperação de Energia para transformar parte do lixo produzido na cidade em energia elétrica. O projeto integra o Plano Municipal de Resíduos Sólidos, que também prevê a ampliação da coleta seletiva e da reciclagem, além da construção de um SPAR (Sistema de Processamento e Reaproveitamento de Resíduos).

Instalado no bairro do Alvarenga, junto ao antigo lixão, o espaço terá aproximadamente 30 mil metros quadrados e custará cerca de R$ 220 milhões. Os investimentos serão feitos por meio de uma PPP (Parceria Público-Privado).

O coordenador de projeto Elcires Pimenta Freire, professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, explica que o parque será responsável pela triagem e separação dos resíduos, compostagem e produção de biogás, mas destaca que apenas o que não puder ser reaproveitado será destinado à incineração.

“O atual programa de coleta se letiva será ampliado e o Sistema de Processamento e Reaproveitamento de Resíduos proporcionará a utilização até da fração orgânica. Só será usado para a incineração, ou seja, para a produção de energia, aquilo que não puder ser reaproveitado neste processo”, conta. Essa energia limpa poderá ser comercializada no mercado empresarial ou até mesmo aplicada para redução de custos, por exemplo, na iluminação pública. 

De acordo com a Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), a incineração de um quilo de lixo é suficiente para manter um secador de cabelo funcionando por 24 minutos, para um computador ficar ligado por cinco horas ou para um ferro elétrico ficar aquecido por 43 minutos.

São Bernardo tem atualmente pouco mais de 810 mil habitantes, que são responsáveis pela produção de cerca de 650 toneladas de resíduos por dia. Atualmente São Bernardo recicla apenas 1% dos materi ais. Como o novo sistema de reaproveitamento o objetivo é reciclar, no mínimo, 10%, além de criar pelo menos mais quatro centrais de reciclagem, ampliando assim o trabalho das cooperativas.

O secretário de Planejamento Urbano e Ação Regional, Alfredo Luis Buso, afirma que esta nova estratégia é fundamental para a cidade diminuir os passivos ambientais. “O maior ganho ambiental para a cidade será o fato de não termos mais de enterrar nosso lixo, além de fortalecermos a reciclagem e produzir uma energia limpa, assim como acontece atualmente em países da europa”, completa.

Já o prefeito Luiz Marinho ressalta que o Sistema de Processamento e Reaproveitamento de Resíduos desenvolvido na cidade será pioneiro no País por englobar não só a incineração, mas a triagem dos materiais e a produção de biogás. Além disso, comemora o fato de ser uma ação importante para o meio ambiente e para a economia da cidade. 

O objetivo, s egundo ele, é diminuir pela metade os gastos com a destinação final do lixo, que hoje é enviado para o aterro Lara, em Mauá, com um custo médio anual de R$ 14 milhões. “Este é um projeto que trabalha a questão ambiental, mas que também precisa ser economicamente viável. Ele não pode ser mais caro que o atual. Esta nova tecnologia nos trará ganhos ambientais e econômicos. A cidade só tem a ganhar com isso”, finaliza.

O comandante do Paço também não descartou a participação das cidades vizinhas no projeto, entretanto, afirmou que um debate no Consórcio Intermunicipal vai depender do interesse dos demais prefeitos.

Nos próximos dias será disponibilizada no site da Prefeitura uma consulta pública onde os interessados em conhecer o projeto poderão fazer criticas e dar sugestões. Somente após a avaliação da Prefeitura dessas contribuições, o edital de convocação da empresas que desejarem participar será lançado. O númer o de empregos gerados com a implantação do parque será definido de acordo com a tecnologia empregada pela empresa vencedora do certame. 

A IMPORTÂNCIA DA COLETA SELETIVA

A destinação do lixo é um problema constante em quase todos os municípios, apesar de ser mais "visível" nas grandes cidades. Os municípios se defrontam com a escassez de recursos para investimento na coleta e no processamento e disposição final do lixo. Os "lixões" continuam sendo o destino da maior parte dos resíduos urbanos produzidos no Brasil, com graves prejuízos ao meio ambiente, à saúde e à qualidade de vida da população. Mesmo nas cidades que implantaram aterros sanitários, o rápido esgotamento de sua vida útil mantém evidente o problema do destino do lixo urbano. A situação exige soluções para a destinação final do lixo no sentido de reduzir o seu volume. Ou seja: no destino final, é preciso ter menos lixo.


Fonte: idbrasil

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

“Resíduos Sólidos - Aplicação da Logística Reversa”


COMISSÃO EXTRAORDINÁRIA PERMANENTE DO MEIO AMBIENTE


PAUTA


REUNIÃO ORDINÁRIA
Dia: 02/12/2010 – quinta-feira.
Local: Sala “A” – Sérgio Vieira de Melo – 1º subsolo.
Horário: 11h00 às 13h00.


Tema:
“Resíduos Sólidos - Aplicação da Logística Reversa”.

- Sr. LUCIEN BELMONTE, superintendente geral e Sra. ANA PAULA BERNARDES, gerente de projetos. ABIVIDROAssociação Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de Vidro.

- Sr. RICARDO HAJAJ, conselheiro.
ABIPLAST - Associação Brasileira da Indústria do Plástico.

Expo Catadores 2010

tampa de PET para fechar saquinhos

RECICLAGEM
- FECHAR SAQUINHOS -
 GENIAL !!!!
 Idéia para reciclar tampas de pet
Corte logo abaixo do gargalo usando tesoura, estilete ou outro cortador...




Passe o saco plástico por dentro do gargalo cortado...

Depois basta fechar com a tampa.
E pode usar nas embalagens de mantimentos, pães etc.


3.1149906676@web113612.mail.gq1.yahoo.com

Tá com pressa, vá de bike

2ª Oficina do Plano Diretor de Resíduos Sólidos de Guarulhos

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Palestra da Tetrapak na subprefeitura Cidade Tiradentes

Nesta terça feira, dia 09/11, Os alunos do "Curso Básico Ecologia - Catadores".  assistiram a palestra "Compromisso Ambiental" proferida pelo representante da Tetra Pak , Sr. Edy Merendino no auditório da Subprefeitura Cidade Tiradentes.
  
O curso realizado pela Ong SOASE,  tem como meta a formação de Agentes Ambientais para administração da cooperativa local "Cooperatiradentes",. 


O projeto foi selecionado pela SVMA - SP, através do edital FEMA 7, para receber recursos de custeio do Fundo Municipal para Meio Ambiente. 


Além do apoio de infra-estrutura da subprefeitura da Cidade Tiradentes, o projeto conta também com a parceria da Tetra pak, Sabesp, SEBRAE, Limpurb e PROAURP - SP no enriquecimento do conteúdo programático da capacitação.

Na ocasião os alunos tiveram a oportunidade de conhecer o subprefeito Paulo Regis. que discorreu sobre a importância tanto do trabalho de "formiguinha" dos catadores para preservação do Meio ambiente  global, como para o desenvolvimento socioambiental local e parabenizou a todos pelo esforço individual de se qualificarem na busca da melhoria para sua qualidade de vida.

O projeto tem duração de nove meses com término previsto para maio de 2011 e beneficia 30 participantes com bolsa-auxílio de  R$ 85,00 mensais.


Leia mais em: 

Responsabilidade Ambiental é tema de palestra para catadores de material reciclável

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/cidade_tiradentes/noticias/?p=16662

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

É importante Implantar a Coleta Seletiva,

 
 
Implante a Coleta Seletiva no seu bairroUm programa de coleta seletiva não é tarefa difícil de se realizar, porém é trabalhosa, exige dedicação e empenho. Engloba três etapas: PLANEJAMENTO,IMPLANTAÇÃO e MANUTENÇÃO, todas com muitos detalhes importantes.

O primeiro passo para a realização do programa é verificar a existência de pessoas interessadas em fazer esse trabalho. Uma pessoa sozinha não conseguiria arcar com tudo por muito tempo, e uma das principais razões para o sucesso de programas desse tipo é o envolvimento das pessoas. Identificados alguns interessados, o próximo movimento é reuni-los em um grupo, que será o responsável pelas três etapas.

É importante, desde o início e durante o processo, informar as pessoas da comunidade envolvida sobre os passos que serão dados e sempre convidá-las para participar, utilizando-se das formas costumeiras de organização e comunicação daquele local (reuniões de professores, da APM, de condôminos, de SABs, etc.).
O QUE É COLETA SELETIVA?
É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis: papéis, plásticos, vidros, metais, óleos residuais e materiais orgânicos, previamente separados na fonte geradora e que podem ser reutilizados ou reciclados. A coleta seletiva funciona, também, como um processo de educação ambiental na medida em que sensibiliza a comunidade sobre os problemas do desperdício de recursos naturais e da poluição causada pelo lixo.
O QUE É A RECICLAGEM?
É o processo de transformação de um material, cuja primeira utilidade terminou, em outro produto. Por exemplo: transformar o plástico da garrafa PET em cerdas de vassoura ou fibras para moletom. A reciclagem gera economia de matérias-primas, água e energia, é menos poluente e alivia os aterros sanitários, cuja vida útil é aumentada, poupando espaços preciosos da cidade que poderiam ser usados para outros fins como parques, casas, hospitais, etc.
 
 
Montando a parte operacional do projetoCom todos os dados obtidos até esse ponto (as quantidades geradas de lixo por tipo de material, as possibilidades de estocagem no local, os recursos humanos existentes, etc.), está na hora de começar a planejar como será todo o esquema.
Agora deve-se decidir:
  
se a coleta será de todos os materiais ou só dos mais fáceis de serem comercializados;
se a armazenagem dos recicláveis será em um lugar só ou com pontos intermediários;
quem fará a coleta;
onde será estocado o material;
para quem será doado e/ou vendido o material;
como será o caminho dos recicláveis, desde o local onde é gerado até o local da estocagem;
como será o recolhimento dos materiais, inclusive freqüência.
  
Educação ambiental
Esta parte é fundamental para o programa dar certo: integra todas as atividades de informação, sensibilização e mobilização de todos os envolvidos.
  
O primeiro passo consiste em listar os diferentes segmentos envolvidos. Ex: 1. Nas escolas: todos os alunos, professores, funcionários da área administrativa e da limpeza e pais devem participar. 2. Em um condomínio: moradores (jovens, crianças, adultos), funcionários da limpeza e empregadas domésticas.
O segundo passo é pensar que tipo de informação cada segmento deve receber.
O terceiro passo é: pensando em cada segmento e nas informações que se quer passar, PLANEJAR quais atividades propor para cada segmento, visando atingir com mais sucesso o objetivo. Entre as atividades usadas, sugerimos: cartazes, palestras, folhetos, reuniões, gincanas, festas, etc. Realizar uma variedade grande de atividades sempre é melhor, pois atinge mais pessoas e alguns sites pernitentes à questão.

Associações de cada segmento para enriquecer sua pesquisa ou projeto:
 

texto extraído do site da ECÓLEO clique aqui.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ecopontos recebem mais material após o aumento da multa para descarte irregular


         A Secretaria de Coordenação das Subprefeituras realizou o primeiro levantamento de volume de materiais recebidos nos ecopontos da Capital desde que o prefeito de São Paulo sancionou o novo valor da multa para o descarte irregular de entulho na Cidade, fixado em R$ 12 mil. O resultado aponta que nos três primeiros meses de vigência da nova legislação os ecopontos da Cidade receberam 92,8% de tudo o que foi recolhido nos sete meses anteriores à lei. Antes da nova legislação, os ecopontos recebiam, em média, 2,4 mil toneladas de materiais por mês. Com a definição de multa mais elevada, o volume foi ampliado para 5,2 mil toneladas de entulho e outros objetos sem utilidade. O resultado indica aumento de 54% na entrega de materiais inservíveis na Cidade.
         Com a legislação mais rigorosa, a administração ganhou mais uma arma para combater o descarte irregular e as enchentes. Além da multa, a nova lei prevê também a apreensão do veículo utilizado para transportar o material. As 31 subprefeituras mantêm um plano de fiscalização permanente contra entulho que envolve a realização de blitze nos pontos viciados de descarte irregular e, periodicamente, realizam operações 24h em toda a Cidade para flagrar as irregularidades.
         Desde maio, os 31 subprefeitos estão investigando o entulho descartado irregularmente para punir não apenas o executor do descarte, mas as empresas geradoras do material. Além do reforço na fiscalização para cerco ao descarte irregular, as subprefeituras realizam constantemente as operações cata-bagulho, que têm como objetivo recolher os grandes objetos sem utilidade que são descartados pela população, em dias e horários determinados.
         A Prefeitura possui 38 ecopontos espalhados pela Capital. Cada munícipe pode deixar, diariamente, até um metro cúbico de entulho (corresponde a uma caixa d'água de mil litros), além de grandes objetos (móveis, poda de árvores, etc.) e resíduos recicláveis.


SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo
www.prefeitura.sp.gov.br

Reciclagem de chapa de Raio X

Reciclagem: Sua chapa de raio-X pode se transformar em…


Você precisou fazer um raio-X, o médico já avaliou o exame, mas a chapa continua perdida pela sua casa. Coleção de chapas ninguém quer fazer, certo? Pensando nisso, o Hospital das Clínicas, em São Paulo, encontrou uma saída para aquelas chapas que já perderam a utilidade: a reciclagem!
Muitas pessoas não sabem o que fazer e acabam jogando os exames no lixo comum. Mas você sabia que elas podem prejudicar o meio-ambiente?
As chapas são compostas de acetato, plástico que leva mais de cem anos para se decompor, e prata, um metal pesado. Ambos podem contaminar solos e rios, caso os exames sejam descartados no lixo comum.
Transformação
A prata extraída das chapas é reutilizada na fabricação de jóias. Já o plástico vira embalagens de presente!
Entenda como funciona o processo: O material recolhido no HC é todo doado ao Fundo de Solidariedade de São Paulo (Fussesp), que recebe em média, por mês, mil toneladas de exames. O número já chegou a 5.000 por mês.
Na sequência, a Fussesp repassa para a empresa DPC Brasil, que compra 20 mil kg de chapas por mês, ao custo de R$ 3 o quilo. Quarenta funcionárias separam e lavam os exames em uma solução com água e soda cáustica.
Desde a implantação, em junho deste ano, o posto do hospital já recebeu 1.500 kg de radiografias. No entanto, a quantidade cai à medida que as máquinas analógicas de raio-X são substituídas por digitais, que não exigem a impressão dos exames.
Nada de sair jogando seus exames no lixo!
O descarte, porém, só deve acontecer após autorização do médico. Isso porque alguns exames são usados como referencial comparativo e precisam ser guardados por alguns anos.
O ponto de coleta de radiografias no Hospital das Clínicas funciona no prédio dos ambulatórios, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h

USP capacitará catadores de recicláveis para este mercado crescente


Lixo eletrônico

USP capacitará catadores de recicláveis para este mercado crescente

04/11/2010 - 09:09

Das ruas para os bancos da Universidade de São Paulo. Uma parceria entre o Laboratório de Sustentabilidade em Tecnologia de Informação e Comunicação (LASSU), da Escola Politécnica, o Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), do Centro de Computação Eletrônica (CCE), e o Instituto GEA-Ética e Meio Ambiente (organização não-governamental que trabalha com reciclagem, coleta seletiva e formação de cooperativas de catadores), vai capacitar catadores de materiais recicláveis para recolher resíduos de informática, possibilitando aumento da renda para essas pessoas, além de ajudar a preservar o meio ambiente. 
O projeto liderado por eles, intitulado Segurança, Renda e Coleta de Lixo Eletrônico, foi um dos 113 contemplados pelo Programa Petrobras Desenvolvimento e Cidadania 2010, entre 5.183 propostas inscritas.
A ideia é aumentar a renda dos catadores de materiais recicláveis da Capital e de municípios da região metropolitana (Diadema, Guarulhos, Mauá, Ribeirão Pires, São Bernardo do Campo e São Paulo), além de evitar que peças de informática sejam descartadas em locais inadequados, prejudicando a natureza. Para isso, os catadores receberão treinamento para selecionar peças de informática que tenham valor agregado.
“A ideia é ensinar aos catadores os cuidados que devem ser tomados ao recolher resíduos de informática como microcomputadores, impressoras, monitores e celulares”, conta a professora Tereza Cristina Carvalho, assessora de projetos especiais da Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) da USP.
Ela explica que muitas vezes os catadores descartam da reciclagem componentes de microcomputadores, como placas, por exemplo, porque não sabem como tratar o material para que ele tenha valor comercial. “Essa placa pode então acabar em um lixão, e isso é bastante problemático, pois muitos desses materiais são poluentes”, destaca.
Ana Maria Domingues Luz, presidente do Instituto GEA, vai mais longe: “Atualmente, quando os catadores recebem um microcomputador, a peça é considerada como sucata, pois eles não têm o conhecimento necessário para separar as peças com valor agregado”, diz.
O projeto vai capacitar catadores de materiais recicláveis que trabalham em locais apropriados, fazem parte de alguma cooperativa ou de algum grupo organizado.
A previsão é que os treinamentos tenham duração de 30 dias para cada turma, sendo a parte teórica realizada no LASSU (em cerca de cinco dias) e o restante no Cedir, aproveitando a estrutura do lugar.
Deve-se treinar 10 catadores por vez e também abrir a possibilidade de vagas como ouvintes para representantes de ONGs ou associações, no treinamento teórico. Haverá 18 turmas com o objetivo de atender o maior número possível de cooperativas da capital e outros municípios vizinhos.
O projeto prevê ainda a concessão de auxílio refeição e transporte para o deslocamento dos catadores até a Cidade Universitária. A duração prevista é de 2 anos e a meta é treinar, durante este período, 180 pessoas.“Após o treinamento, esses profissionais irão levar o conhecimento adquirido para núcleos distribuídos pelos municípios da região metropolitana, ampliando o alcance da iniciativa.
O próximo passo do projeto é definir, juntamente com os professores do LASSU/Cedir, qual será o programa de aula e a metodologia de ensino. A professora Tereza Cristina lembra que a maioria dos catadores tem baixa escolaridade. “Essa condição vai exigir o uso de recursos alternativos, como imagens, para explicar conceitos básicos de eletrônica”.
Já Ana Maria conta que vai se reunir com as entidades representativas de catadores e com cooperativas para definir a lista de participantes dos cursos. O contrato deverá ser assinado com a Petrobras em dezembro e as aulas estão previstas para ter início em abril de 2011. Serão investidos cerca de R$ 800 mil (para um período de dois anos).

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Seminário Resíduos Sólidos

Local: Salão Nobre da
Câmara Municipal de São Paulo
Viaduto Jacareí, 100 - 8o andar
Data: 21 de outubro de 2010 (quinta-feira)
Horário: das 9h às 18h
Comissão Extraordinária Permanente do Meio Ambiente convida para:
Seminário São Paulo e a Política Nacional de
Resíduos Sólidos
Presença de representantes dos poderes Legislativo e Executivo das
esferas municipais, estaduais e federal, além de representantes da
sociedade civil
“Você é responsável pelo lixo
que produz”

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Projeto Selecionado pelo FEMA 7 começou na Cidade Tiradentes

Hoje começou a Capacitação de Catadores de Materiais Recicláveis para formação de Cooperativa  na ONG SOASE da Cidade Tiradentes.

Resolucao nº 075 /CONFEMA/2010, de 11 de maio de 2010. Dispoe sobre a aprovacao de projetos candidatos a recursos do FEMA
O Conselho do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentavel - CONFEMA, usando das atribuicoes e competencias que lhe sao conferidas por Lei,
R E S O L V E:
Art. 1º - APROVAR POR UNANIMIDADE , a retificacao de Parecer Tecnico da CAV, quanto aos valores do projeto: CURSO BASICO ECOLOGIA da ASSOCIACAO BENEFICENTE CULTURAL E SOCIAL DA CIDADE TIRADENTES - SOASE (Processo nº. 2010 -0.077.553-0) , mantendo-se os demais termos do Parecer Tecnico e seu Complemento. O projeto candidatou-se aos recursos do FEMA, Edital nº07, durante a 53ª Reuniao Plenaria Ordinaria, realizada em 11 de maio de 2010. Dotacao Orcamentaria nº 94.10.18.541.0339.6.654.3.3.9 0.39.00.00 FEMA
Art. 2º - Esta resolucao entrara em vigor na data de sua publicacao. EDUARDO JORGE MARTINS ALVES SOBRINHO
Presidente do Conselho do Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentavel -CONFEMA

Veja neste link a aprovação do projeto

Projeto da AVEPEMA "Óleo de Fritura" FEMA 7 aprovado em Ermelino Maraeazzo


Projeto 115: "Oleo de fritura, de vilao a amigo da comunidade" Instituicao Proponente: AVEPEMA


Objetivo Geral: Capacitacao de homens, mulheres e jovens da regiao de Ermelino Matarazzo, local para o curso a definir, para obtencao de um produto de limpeza, "sabao", tendo como materia-prima, oleo de cozinha usado, instrumentalizar a populacao proporcionando a construcao de novos conhecimentos e acoes que levem a comunidade a viver de forma mais sustentavel, respeitando o meio ambiente e levando o bem estar geral.
Sintese da Avaliacao: O projeto pretende capacitar cidadaos de Ermelino Matarazzo, em situacao de venerabilidade social, para transformarem geracao de renda, com recolhimento e transformacao de oleo de cozinha. O projeto nao e inovador, mas cumpre uma funcao social e ambiental. Entretanto prazo de 05 meses para esse exiguo para construir uma cooperativa ou um grupo suficientemente preparado para dar continuidade ao recolhimento e destinacao de oleo na regiao. A CAV concluiu que o projeto poderia ser aceito mediante aos seguintes ajustes: 1) Definicao do local da instalacao da mini usina de producao de sabao a partir do oleo de cozinha.
2) Apresentacao das cartas de parceria com o SENAC Sao Paulo e o SEBRAE Sao Paulo.
3) Identificar o profissional ou profissionais que farao o acompanhamento juridico da instalacao de implementacao da cooperativa.
4) Apresentar planos de continuidade do recolhimento do oleo de cozinha na regiao e sua destinacao. Recebidas as propostas, verificou-se que:
1) O local para a instalacao da mini usina sera na AMA, Rua Peixoto Verneck, 244, foi apresentada a carta de parceria.
2) Foi apresentada a carta de parceria da rede social fomentada pelo SENAC.
3) Foram identificados os profissionais que farao o acompanhamento juridico da instalacao e implementacao da cooperativa com os respectivos curriculos.
4) Foi apresentado o plano de continuidade com a instalacao de ECOSPONTOS. Tendo sido atendidos os ajustes propostos, a CAV considera a viabilidade tecnica e financeira do projeto e seu enquadramento nas Leis do SISNAMA, da Lei 14887/2009 artigo 51 inciso 1, da politica municipal de meio ambiente e educacao ambiental, e tambem o seu enquadramento na diretriz anual da tematica de economia solidaria estabelecida pelo CADES, pela resolucao 126 CADES/2009. Algum comentario? Entao vamos para a votacao. Os conselheiros que sao favoraveis a aprovacao do projeto "Oleo de fritura, de vilao a amigo da comunidade", permanecam como estão.

GERAÇÂO DE RENDA PARA ERMELINO  COM SUSTENTABILIDADE.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Prefeitura paulistana quer montar aterro sanitário em reserva ambiental

Prefeitura paulistana quer montar aterro sanitário em reserva ambiental
28/05/2010 - Márcia Garçon / Associação Mais Vida, Menos Lixo

A prefeitura de São Paulo pretende implantar o maior aterro sanitário do mundo no Morro do Cruzeiro, na região de São Mateus, divisa com Mauá. O Morro do Cruzeiro é o segundo ponto mais alto da cidade, de onde se pode contemplar toda a extensão da cidade e as elevações da Serra do Mar. Segundo o Plano Diretor Estratégico essa reserva é uma Zepam - Zona Especial de Preservação Ambiental, dentro da qual estão as nascentes do Córrego Aricanduva e de pequenos afluentes do Rio Tamanduateí.

Portadora de uma vegetação densa, a área abriga espécies da fauna e da flora que estão ameaçados de extinção. Essa reserva integra também o Cinturão da Reserva da Biosfera, um tratado internacional que objetiva proteger os serviços ambientais oferecidos pelos ecossistemas à população dos grandes centros urbanos. “Apesar de ser protegida por diversas Leis municipais e federais, a área está correndo o risco de ser totalmente destruída para dar lugar a depósitos de lixo”, alerta Vicente Pimenta, um dos organizadores do Movimento Mais Vida, Menos Lixo.

O Movimento Mais Vida, Menos Lixo reúne moradores das comunidades do Jd. Sto. André, Pq. das Flores, Iguatemi, Conquista, Terceira Divisão, Recanto Verde Sol e Jd. Zaíra e tem o apoio da Pastoral da Ecologia de SP, Pastoral do Meio Ambiente de Itaquera, Associação Solidária de Itaquera, , Grupo Metropolitano Paulista da Agenda 21, Sindicato dos Trabalhadores em Editoras de Livros, Defensoria da Água e Projeto ViraLata.

Eles estão recolhendo assinaturas para abaixo-assinado contra o aterro sanitário, que está sendo contestado também pelo Ministério Público Federal, que pediu liminar contra as obras. Wilson Santos, fundador do Projeto Vira Lata que atua com coleta seletiva há 15 anos, afirma que o lixo é uma questão séria, urgente e a Prefeitura não vai resolver a questão com aterro sanitário. “Aterro sanitário tem um ciclo de vida de apenas 10 anos, por isto, esta solução é paliativa e não resolve”, afirma. “A luta pela preservação do Morro do Cruzeiro passa pelo debate sobre o sistema de coleta e destinação dos resíduos sólidos da cidade”.

“Defendemos os princípios dos 3Rs (redução, reutilização e reciclagem), integrando as cooperativas de catadores nos serviços de coleta seletiva”, diz o fundador do ViraLata. “Resíduos sólidos são matérias-primas que, ao voltar à indústria, preserva o meio ambiente, aumenta o ciclo de vida dos aterros e gera trabalho e renda aos catadores”, conclui Santos.
 

Descaso como meio ambiente de São Mateus

  
Fala em meio ambiente é fácil, porém, tomar providências cabíveis para que o meio, ao nosso redor, seja tratado com respeito é mais complicado. E é por essas e outras que Hamilton Clemente Alves, presidente do Movimento Ambiental Cultural Ecológico da região, tem uma série de queixas para fazer em relação ao trabalho da Secretaria do Verde e Meio Ambiente da subprefeitura de São Mateus.

Para quem não sabe, a região leste conta com várias ONGs a fim de ajudar e fiscalizar os investimentos e trabalhos ambientais que visam a melhoria. Entretanto, muitos trabalhos são ignorados e muitos projetos não saem do papel, já que, segundo Alves, essa autoridade estadual não dá a devida atenção aos problemas do meio ambiente na região.

“A Secretaria do Verde e Meio Ambiente parece não dar ouvidos às reivindicações das autoridades e do povo da nossa região, se quer nos dão uma resposta sobre algum pedido nosso”, diz o presidente.

Alves afirma que entidades estão descontentes por conta do descaso das fiscalizações da prefeitura. Com isso, vários espaços públicos, como o Morro do Cruzeiro, em São Mateus, por exemplo, vem sofrendo degradação, com a invasão e ocupação ao longo do Morro.

“Existe uma tal de Guarda Verde que é para conter essas ocupações, os desmatamentos, mas, não vemos isso. Eu, particularmente, nunca vi essa viatura por aqui”, comenta Alves.

Segundo as ONGs da região, muitas coisas simples podem ser feitas para dar o real respeito ao meio ambiente, porém, tudo esbarra no descaso da Secretaria do Meio e Verde Ambiente.

“Nós só vemos a Secretaria proibir corte de árvores, multar as pessoas, mas, conter a ocupação, a invasão, que degrada a nossa região, nada. É um abandono só”, diz Alves.

Para se ter uma ideia de como o Morro do Cruzeiro vem sofrendo com esse descaso, Alves nos diz que em torno do Morro já podem ser vistas muitas casas e ninguém faz nada para impedir isso. Segundo ele, quem cuidava dessa parte, por conta própria e amor à natureza, era o Sr. José, que tinha uma Chácara, ponto de parada obrigatório antes de subir o Morro, assassinado no local por ladrões de carro.

“O Sr. José é um defensor incansável do Morro do Cruzeiro. Ele fazia de tudo para que todos respeitassem, dava orientações para não degradarem o espaço público e sempre foi muito simpático com todos os que passavam ali”, comenta o presidente.

Segundo ele, agora que o Sr. José morreu, a família luta para que a Chácara se torne um ponto de visitação, o que era um sonho do Sr. José que tanto fez por aquele Morro.

“Muitas autoridades já foram atendidos por Sr. José e sabem do amor que ele tinha por aquele Morro. Nada mais justo tornar sua Chácara um ponto de visitação, entretanto, a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, na pessoa do Sr. Hélio Neves, não autoriza isso”.

Segundo o presidente, eles gostariam de saber o porquê? Já que essa obra não acarretaria em gasto nenhum para a Prefeitura.

“Ele nunca veio aqui e sempre o chamamos para reuniões. Ele nunca comparece, não dá a mínima para o nosso pedido. Não queremos nada demais, é um pedido de toda população de São Mateus, não custa nada atender. Parece que não gosta da gente e, pior, não nos dá a atenção que nos é cabida”, conta Alves com profunda indignação.

“Outro descaso é o lixão ao céu aberto que vem se formando na Av. Sapopemba. Será que ninguém vê isso?”, indaga Alves.

E continua. “Tivemos muito apoio da subprefeitura de São Mateus na época do Dr. Clóvis, mas, agora, precisamos continuar e ninguém nos dá ouvidos”, conta o presidente.

Segundo ele, toda subprefeitura tem que ter um conselho para o meio ambiente, mas, eles não dão poder a ele, ou seja, nada acontece ou sai do papel.
O problema da reciclagem também é outra reivindicação do povo. É fácil pedir para o povo reciclar, mas, o destino do resíduo reciclado vai para onde? Ninguém do poder público recolhe e isso desestimula o povo.

Alves finaliza pedindo uma atenção maior das autoridades e registra sua indignação com o poder público que, segundo ele, só sabe ir no bairro para pedir voto e depois some, como se nada tivesse acontecido.