sexta-feira, 25 de junho de 2010

Suzano inaugura Central de Triagem de Resíduos Sólidos – Jardim Cacique

O prefeito Marcelo Candido inaugurou nesta segunda-feira (31/5) a Central de Triagem de Resíduos Sólidos – Jardim Cacique, uma das metas do Plano Municipal de Saneamento Ambiental para viabilizar a redução dos diversos impactos ambientais associados à disposição final dos resíduos. Além de ampliar a coleta seletiva, o equipamento dará mais dignidade aos catadores de materiais recicláveis, com melhores condições de salubridade e segurança no trabalho, além de oportunidade de geração de renda.A inauguração abriu a 6ª Semana do Meio Ambiente, que termina em 8 de junho (veja abaixo a programação completa).“Damos um salto de qualidade na política de meio ambiente em Suzano. Todo um esforço para separação do lixo em casa pode ser inútil se não houver um local adequado para destinação. Com a central, criamos um lugar onde as pessoas podem trazer os resíduos”, disse Candido durante a cerimônia de inauguração, que reuniu autoridades do município e representantes do movimento organizado de catadores.

Para a construção da unidade, foram investidos R$ 834 mil. A maior parte dos recursos (R$ 667 mil) veio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), obtido por meio do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê Cabeceira (SCBH-ATC).A central tem 380 metros quadrados (instalada numa área total de 2.000 metros quadrados) e foi equipada com gaiola para armazenamento, esteira de 20 metros para triagem, duas prensas, uma balança e duas empilhadeiras.

“O local tem equipamentos para operação adequada, superando a precariedade que existia até então (na cooperativa de catadores)”, destacou o prefeito.“A Central de Triagem é uma medida efetiva do Plano de Saneamento Ambiental e do Protocolo do Tietê, e um resgate social para os catadores, com quem trabalharemos de forma integrada”, resume a secretária municipal de Meio Ambiente, Michele de Sá Vieira.O secretário de Infraestrutura e Obras, Cláudio Scalli, lembrou que a central segue o mesmo padrão de obra do Centro Cultural Monteiro Lobato, no Jardim Colorado, equipamento público “vizinho”. “Ninguém consegue andar dez minutos em Suzano sem encontrar uma obra da atual administração”, disse ele, citando também a proximidade do túnel que liga o Jardim Maitê ao Jardim Luela.No local, também foi construída uma praça, com objetivo de criar espaços de estar e lazer para a população e também para incentivá-la a participar das discussões voltadas às questões ambientais, no que se refere ao lixo.

A central conta ainda com espaço destinado à educação ambiental e uma sala para venda de materiais em bom estado.Por meio de oficinas, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente iniciou uma parceria com a Escola Estadual Profª Alice Romanos, também no Jardim Cacique, para formação de parceiros da Prefeitura na sensibilização da comunidade para separação de materiais recicláveis que serão destinados à Central de Triagem.O município também busca colaboradores entre as indústrias da cidade para garantir a sustentabilidade do projeto e também o fornecimento de materiais recicláveis em estado limpo. A primeira a firmar parceria é a Kimberly Clark, que doará um percentual do refugo das fraldas fabricadas na unidade de Suzano. A empresa foi representada pelo relações públicas Jefferson Corrêa.

José Cândido - Deputado Estadual


Mais informações http://www.suzano.sp.gov.br/CN03/noticias/nots_det.asp?id=5053

Novas tecnologias para reciclar mais tipos de materiais

TENHO AINDA UMA DENÚNCIA GRAVE SOBRE ARTIGO DO JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO!


Nesta mesma página do Estadão (pág. A-18, do dia 16/06/2010), de onde você tirou a notícia abaixo (sobre reciclagem de materiais difíceis), há um “erro” muito estranho. Isto compromete o nome do Jornal.

No gráfico (do Infográfico/AE), aparece a “lata de conserva” como se ela demorasse 100 anos para se decompor. Ou seja, demoraria mais do que os sacos plásticos, as embalagens longa vida e as embalagens BOPP (dos salgadinhos). Isto mais parece uma propaganda enganosa sobre o plástico.

Isto é uma calúnia, pois a lata de conserva (de aço) demora entre 2 e 5 anos para se decompor. E os óxidos ferrosos resultantes da decomposição são até benéficos aos diversos biomas.

Este “engano” é muito estranho, principalmente se considerando que as informações foram fornecidas pela PLASTIVIDA e outras “empresas”.

A todos, vamos dar seqüência a este tema.
Francisco Barretto

Conselheiro Eleito do CADES-Pinheiros

O que fazer com embalagens de salgadinhos, bandejas de isopor, embalagens longa-vida? Embora cada vez mais presentes no dia a dia, esses resíduos são considerados difíceis de reciclar, pois têm menos valor comercial que outros materiais, como latas de alumínio, papelão e garrafas PET. Mas o cenário começa a mudar: já existem tecnologias no Brasil para transformar o que era lixo em novas matérias-primas.

Um exemplo são as embalagens feitas com o plástico tipo Bopp (sigla para película de polipropileno biorientado). O material, presente em embalagens de alimentos ? como salgadinhos, biscoitos, café, sopas instantâneas ?, praticamente não é recolhido por cooperativas de catadores. Mas a empresa americana TerraCycle, que no início do ano iniciou atividades no Brasil, especializou-se em fazer com que o material volte à indústria.

"O Bopp é um plástico e por isso pode ser reciclado. Nosso trabalho é desenvolver produtos que possam ser fabricados com o material", diz Guilherme Brammer, presidente da TerraCycle. Entre os produtos que podem ser feitos com as embalagens de salgadinhos estão mochilas, embalagens de cosméticos e até autopeças, como para-choques.

A reciclagem do Bopp está ajudando a resolver um problema da PepsiCo, fabricante dos salgadinhos Elma Chips. A empresa acabou de colocar no mercado os primeiros displays ? espécie de prateleira que expõe os produtos nos pontos de venda ? feitos 100% com embalagens de salgadinhos recicladas. "O que era descartado virou matéria-prima de novo, fechando o ciclo", diz Olivier Weber, presidente de Alimentos da PepsiCo.

Segundo ele, trata-se do primeiro display feito com material reciclado das próprias embalagens da empresa. Até o fim do ano, a meta é retirar 13,5 milhões de embalagens do ambiente, em todo o Brasil ? cada display consome 675 embalagens em sua fabricação. A empresa quer exportar a tecnologia brasileira para o resto do mundo.

Desafio. As embalagens longa-vida produzidas pela empresa sueca Tetra Pak também já estiveram na mira de ambientalistas. As caixinhas eram consideradas difíceis de reciclar, por serem formadas por um amontoado de camadas: seis no total, sendo quatro de plástico, uma de papelão e outra de alumínio. "O maior desafio foi desenvolver uma tecnologia que permitisse a separação de todas as camadas. Hoje, isso é possível", diz Fernando Von Zuben, diretor de meio ambiente da Tetra Pak.

Segundo ele, existem várias tecnologias que permitem reciclar o material. Uma delas, realizada em uma usina em Piracicaba (SP), separa todas as camadas, e os materiais retornam às respectivas indústrias. Outra, semelhante a um grande liquidificador, separa o papelão, mas o alumínio e o plástico permanecem unidos, o que forma um aglomerado ideal para fazer produtos como telhas, compensados, móveis, lixeiras, canetas e objetos de decoração.

O desenvolvimento dessas tecnologias já permite que 25% das embalagens Tetra Pak consumidas no Brasil sejam recicladas. Mas ainda é pouco. Telhas e compensados feitos com o material tiveram grande aceitação na construção civil, e hoje falta material. "Existem mais de 30 indústrias que usam essas embalagens recicladas como matéria-prima. É preciso aumentar a coleta seletiva."

Evento: Seminário Instrumentos Fiscais e a Reciclagem de resíduos

Avenida Paulista, em frente à FIESP.

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Área: Meio_Ambiente

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Local de realização:

Edificio Sede FIESP - Auditório 4º andar
Data do evento:

30/6/2010
Horário do evento:

14:00 às 18:00

Programa:

14h - Recepção dos convidados
14h30 - Abertura

Nelson Pereira do Reis, vice-presidente e diretor-titular do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp.

Marco Antonio dos Reis Diretor Titular Adjunto do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria

Antonio Carlos Lessa Sene, delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária de São Paulo (Derat/SP)


15h - Palestra: Aspectos jurídicos da política da reciclagem
Coordenador de Mesa: Representante do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp.

Palestrante: Clarissa Ferreira Macedo D?Isep, advogada, consultora e parecerista - coordenadora do curso de pós-graduação lato sensu PUC-SP e membro da Comissão de Meio Ambiente da OAB-SP.
15h30 - Palestra: Construindo a sustentabilidade a partir da reciclagem
Coordenador de Mesa: Augusto Dalman Boccia, Diretor do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria (Dempi) e diretor do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp.

Palestrante: André Saraiva, diretor de responsabilidade socioambiental da Associação Brasileira da Indústria de Eletroeletrônicos (Abinee) e membro do Conselho Superior de Meio Ambiente (Cosema) da Fiesp.

16h - Debate
16h30 - Palestra: Instrumentos fiscais e o mercado da reciclagem

Coordenador de Mesa: Raul Lerário, diretor-titular adjunto do Departamento de Meio Ambiente da Fiesp.

Palestrante: Valéria Theodoro Ramos, assessora de comunicação da Derat/SP, professora de direito da Escola Superior de Advocacia da OAB-SP no curso de pós- graduação lato sensu em Meio Ambiente.

17h - Palestra: Falta de Incentivos x Responsabilidade da Indústria
Coordenador de Mesa: Raul Lerário, diretor-titular adjunto do Departamento de Meio Ambiente e Donizete Duarte da Silva, Diretor do Departamento da Micro, Pequena e Média Indústria.

Palestrante: Stefan Jacques David, representante da Abividro.

17h30 - Debate

17h45 - Encerramento
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quinta-feira, 24 de junho de 2010

CICLO DE PALESTRAS MEIO AMBIENTE E CULTURA DE PAZ NA UMAPAZ

Dia 26 de junho, das 9h às 12h

MetaReciclagem – Lixo eletrônico

(Não é necessário inscrição prévia. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência)
A UMAPAZ (Universidade Aberta do Meio Ambiente e Cultura de Paz) convida para a palestra que será apresentada no dia 26 de junho, das 9h às 12h, por Felipe Andueza, Ecólogo (UNESP - Rio Claro), especializado em Educação Ambiental (Universidade Ramon Llull - Barcelona) e Gestão Ambiental (SENAC - São Paulo), analista Ambiental do Coletivo Lixo Eletrônico
WebLab.tk e pesquisador da Escola do Futuro - Universidade de São Paulo.
O palestrante falará sobre os impactos do lixo no meio ambiente e o que fazer com o descarte de resíduos perigosos como plásticos e metais. Do lixo eletrônico e corporativo, passando pelo lixo doméstico, o que devemos e podemos fazer para aplicar os três “R’s”?
Redução - Consumo Consciente

Reutilização - Apropriação tecnológica e profissionalização

Reciclagem - A responsabilidade é de quem afinal?
Na ocasião também será feito o lançamento do Mutsaz Outono 2010, em comemoração aos 8 anos de atividades do Coletivo MetaReciclagem.


SERVIÇO: CICLO DE PALESTRAS MEIO AMBIENTE E CULTURA DE PAZ

Palestra: MetaReciclagem – Lixo eletrônico

Palestrante: Felipe Andueza

Dia: 26 de junho (sábado), das 9h às 12h

Local: UMAPAZ - Av. IV Centenário, 1268, Portão 7A - Parque Ibirapuera

Coordenação: Eveline Limaverde

Não é necessário inscrição prévia. Pede-se chegar com 15 minutos de antecedência.

Relatório do Banco Mundial sobre crescimento sustentável no Brasil com menos emissões é ``louvável´´

SUSTENTABILIDADE


22/06/2010

Um relatório lançado nesta quinta-feira (17/06) pelo Banco Mundial, em Brasília, é um importante reconhecimento do que o Brasil tem feito rumo a um crescimento sustentável aliado a uma política de baixo carbono, isto é, com menos emissões de poluentes. A avaliação é do diretor executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Eduardo Leão de Sousa.

“Quando vemos um trabalho desta envergadura, com a chancela do Bird, isto referenda o rumo correto de nossa política pública para a redução de emissões de gases de efeito estufa. Em particular o setor sucroenergético tem feito seu dever de casa,” avalia Sousa.

O documento do banco mostra, entre outros pontos, que o Brasil poderia reduzir suas emissões brutas de gases de efeito estufa em até 37% entre 2010 e 2030, mantendo os atuais objetivos de desenvolvimento programados pelo governo para o período e sem efeitos negativos sobre crescimento e empregos. De acordo com o trabalho, isto equivaleria a retirar de circulação por três anos todos os carros do mundo.
Oportunidades

O executivo da UNICA sublinha que no trabalho, intitulado Estudo de Baixo Carbono para o Brasil, há importantes menções às diversas oportunidades de que dispõe o Brasil em relação à mitigação e a remoção das emissões, principalmente nas áreas de mudança de uso do solo (como agricultura, e desmatamento), energia, transportes e manejo de resíduos. “Há preciosas ''janelas de oportunidade'' de que dispomos e que precisam ser aproveitadas. Refiro-me a um cenário de desenvolvimento concomitante com a redução de emissões,” afirmou Sousa.
Para o diretor do Banco Mundial para o Brasil, Makhtar Diop, “a consolidação desse cenário de reduções de emissões é um grande desafio em termos de planejamento e financiamento. Contudo, a economia do Brasil seria afetada positivamente. Os resultados indicam um impulso no crescimento do PIB anual e um crescimento no emprego. Tudo somado, não fazer nada seria bem mais custoso – tanto em termos de impactos nacionais quanto globais e nas necessidades de adaptação à mudança climática."
Confira alguns dados do trabalho do BM:


Cenário Nacional de Baixo Carbono - Em números

• Serão necessários em média R$ 44 bilhões (US$ 20 bilhões) a mais por ano em investimentos para se implementar um cenário de baixo carbono no Brasil até 2030. Assim seria possível reduzir em 37% as emissões brutas de gás do efeito estufa ao longo do período de 2010-2030;


• A implementação das opções do Cenário de Baixo Carbono de 2010 a 2030 exigiria US$ 725 bilhões (em termos reais), mais do que duas vezes o volume de financiamento necessário em comparação com US$ 336 bilhões do cenário de referência, que considera as políticas já implantadas e os planos do Governo;


• A distribuição desse valor é: US$ 334 bilhões para energia; US$ 157 bilhões para o uso da terra, mudanças no uso da terra e florestas; US$ 141 bilhões para transportes e US$ 84 bilhões para manejo de resíduos;


• De acordo com o Cenário de Referência, são necessários cerca de 17 milhões de hectares adicionais de terras para acomodar a expansão de todas as atividades que envolvam o uso da terra durante o período de 2006 a 2030;


• Em um Cenário de Baixo Carbono, as emissões geradas pelo desmatamento que seriam evitadas corresponderiam a cerca de 6,2 GtCO2e (bilhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente) no período de 2010-2030;


• No transporte regional, o estudo revelou um potencial de reduzir emissões em cerca de 9% em 2030, através da mudança de modais, tanto para o transporte de passageiros quanto de carga;


• Se forem implementadas as opções de baixo carbono, é possível remover 213 MtCO2e (milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente) da atmosfera em 2030;


• No setor energético, a adoção de opções de baixo carbono possibilitará reduzir para 297 MtCO2e em 2010, comparado com um Cenário de Referência de 458MtCO2e no mesmo período;


• Na área de manejo de resíduos, a adoção de opções de baixo carbono possibilitará reduzir para 18MtCO2e em 2030, comparado com o Cenário de Referência de 99MtCO2e;

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Artesanato com sacos de cimento na SOASE



Sacos de cimento sempre são uma dor de cabeça na etapa de conclusão de obras da construção civil. É um material resistente, ocupa muito espaço e, no final, acaba sendo descartado na natureza. Segundo dados do Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), 73% do produto fabricado no país em 2008 foram ensacados, gerando 747 milhões de sacos, que, provavelmente, foram parar no meio ambiente.
Até pouco tempo atrás, não se conhecia experiências de reciclagem ou de reaproveitamento dos sacos de cimento no Brasil. No Distrito Federal, desde o ano passado, surgiram duas iniciativas inéditas, que demonstram a viabilidade econômica e social dos resistentes papéis kraft no artesanato e na construção civil.
Cinco artesãs da Cooperativa de Trabalho e Produção das Pessoas Unidas de São Sebastião (Cooperunião) , região administrativa do DF, estão produzindo belas flores para decoração a partir dos sacos de cimento. A idéia de desenvolver a peça partiu de Maria de Freitas, coordenadora do grupo. Os artesãos adequaram a técnica de fazer flores com filtros de café usados ao papel Kraft dos sacos de cimento, revela Ivonete Maria Escórcio Araújo, uma das integrantes do grupo.
“Somos cinco Marias nessa produção de flores. É prazeroso saber que estamos contribuindo para o bem-estar da natureza”, diz Ivonete. Atualmente essas peças são o carro-chefe da cooperativa, segundo ela. “Esse material é muito resistente, parece couro”, acrescenta. O processo de produção envolve cinco etapas: coleta nas obras de construção, lavagem dos sacos de cimento, tingimento, corte das pétalas e folhas e montagem das flores. Ao final, as peças são impermeabilizadas.
Ivonete conta orgulhosa que o estilista Ronaldo Fraga encomendou muitas flores vermelhas e sem tingimento para decorar desfile de sua grife, realizado este ano em Belo Horizonte. As flores foram tema de várias reportagens por causa do desfile, relata a artesã. “Foi uma ótima divulgação do nosso trabalho”.
As flores de saco de cimento estão sendo encomendadas e vendidas principalmente para lojistas de Brasília. O grupo da cooperativa também está fazendo caixas, capas de blocos e cadernetas com o papel kraft da embalagem do pó de cimento. Outros produtos estão sendo comercializados no mercado, feitos do mesmo material, tais como bolsas e carteiras. “Mas creio que só nós estamos produzindo flores”, ressalta Ivonete.

Na SOASE da Cidade Tiradentes o Conselheiro do CADES Cidade Tiradentes Milton Roberto registrou o artesanato que está sendo feito com sacos de cimento por Dona Diva e agora só falta parcerias para que a ONG expanda o projeto para a comunidade.
Quem sabe a Votorantin...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Posse dos Conselheiros de Meio Ambiente



http://www.youtube.com/watch?v=ZeRmI9_9T84

Cooperativa de catadores de materiais reciclados paulistana exige investimento público para aumentar a produtividade

Cooperativa de catadores de materiais reciclados paulistana exige investimento público para aumentar a produtividade

A cooperativa de catadores de materiais reciclados, Cooperação, da Vila Leopoldina, Zona Oeste da capital paulista, está considerando chamar mais 15 novos cooperados para trabalharem com os 64 existentes para triar seis toneladas extra de resíduos que a prefeitura começou a entregar no último mês, disse à Revista Sustentabilidade o secretário da entidade Neilton Polido. No entanto, a incorporação dos novos trabalhadores será feita paulatinamente para poder capacitá-los, para o qual pedem auxílio da prefeitura. "Eles querem mais produtividade das cooperativas, mas não investem," disse Polido.
Segundo o cooperado, desde que a justiça condenou a prefeitura a aumentar a coleta seletiva e instalar um conselho gestor de resíduos, a quantidade de material entregue à cooperativa aumentou em 40% das 15 toneladas recebidas diariamente, mas, ao mesmo tempo, as empresas não aumentaram a retirada dos rejeitos não recicláveis na mesma proporção.
"Cerca de 30% de tudo que recebemos não pode ser reciclado, mas a prefeitura aumentou a entrega e não aumentou a retirada deste rejeito, isso lotou nosso galpão," explicou, dizendo que a ação da administração da cidade pode ser um jeito de argumentar que as 17 cooperativas não têm capacidade de processar os resíduos na cidade.
A única saída é cooperar, a maioria dos catadores é morador de rua com pouca capacitação e, que levarão um tempo para poder atingir a produtividade máxima. Por isso a inclusão dos 15 novos cooperados será feito paulatinamente. "Nossa retirada mensal é de R$1.200, com o risco de reduzir esta renda em 40% não dá para aprovar a entrada de todos os novos cooperados de uma vez", argumentou.
Para Polido, a solução seria um aumento de investimento da prefeitura na capacitação dos cooperados. Segundo ele, apenas o Departamento de Limpeza Urbana (Limpurb) trabalha com o treinamento das 17 cooperadas e este ano a Secretaria do Verde e Meio Ambiente está começando a participar também.
Polido sugeriu que as secretarias do Trabalho e Assistência Social poderiam também auxiliar no treinamento e capacitação dos cooperados.
São Paulo recicla oficialmente cerca de 1% de todas as 15 mil toneladas de resíduos geradas na cidade por meio de contratação de 17 cooperativas que recebem material reciclável coletado porta-a-porta por caminhos destinados somente a este fim.
No final de abril, o juiz Luis Fernando Vidal da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo condenou cidade a implementar um amplo programa de coleta seletiva na cidade em 12 meses e imediatamente instituir o conselho gestor de resíduos sólidos com a participação dos catadores. A prefeitura pretende recorrer da decisão judicial.

Por: Alexandre Spatuzza

quinta-feira, 10 de junho de 2010

AVEPEMA e SOASE juntas na Saúde bucal da Cidade Tiradentes

Milton Roberto o novo Conselheiro do Meio Ambiente da Cidade Tiradentes abraçou este trabalho de saúde bucal pela sua importância.
Foram dois consultórios odontológicos e foram atendidas mais de 300 pessoas.

A equipe de dentistas, AVEPEMA e Djair da SOASE em momento de descontração.

Reciclagem de lâmpadas fluorescentes no Brasil

Desde o apagão de 2001, quando as chamadas lâmpadas econômicas se incorporaram à vida brasileira, o consumo desse tipo de produto manteve-se em escala ascendente. Só nos últimos quatro anos, a média de crescimento foi da ordem de 20% ao ano.

O volume de importações em 2007 ficou em aproximadamente 80 milhões de unidades, vindas quase todas da China, país que lidera a fabricação no continente asiático, onde esse processo está concentrado.

A mais recente Pesquisa de Posse e Hábitos de Consumo de Energia, realizada de 2004 a 2006 sob coordenação da Eletrobrás, por meio do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), revelou que 96% dos entrevistados conhecem as lâmpadas fluorescentes. No entanto, apenas 14% desse universo as utiliza em sua forma compacta, percentual que sobe para 30%, se contabilizadas as lâmpadas tubulares.

O resultado, longe de desanimar o mercado, o estimula. “Já temos meio caminho andado”, disse a AmbienteBrasil Alexandre Cricci, presidente da Associação Brasileira de Importadores de Produtos de Iluminação (ABilumi).

Para ganhar o espaço existente em novos adeptos, ele conta com duas frentes em potencial. Primeiro, a maior qualidade das lâmpadas fluorescentes que, há uma década, decepcionaram significativa parte dos consumidores, em função de importações que não observaram mínimos critérios técnicos.

Agora, essa decepção é bem menos provável. Em dezembro passado, entrou em vigor legislação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) obrigando todos os produtos do gênero a exibirem um selo que ateste o cumprimento das exigências do órgão quanto a seu desempenho. É a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (Ence).

A fabricação se aprimorou de tal modo que não tem havido dificuldade em cumprir outra exigência do Inmetro: garantia mínima de um ano. Alguns fabricantes chegam a dobrar esse período.

Vitoriosa na trincheira da qualidade, a ABilumi enfrenta outra batalha: o desconhecimento do grande público quanto à economia proporcionada pelas lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares. “É difícil para as pessoas perceberem isso porque só cerca de 20% do consumo de energia de uma residência vai para a iluminação”, diz Cricci, lembrando o peso na conta proporcionado pelo chuveiro elétrico e pelo ferro de passar roupa, por exemplo.

“O produto é bom e economiza, mas ninguém sabe dizer exatamente quanto isso representa no bolso”, resume.

A ABilumi conseguiu comprovar que cada lâmpada fluorescente compacta de 15W – equivalente a uma incandescente de 60W - resulta em uma economia de 2 reais por mês na conta de luz. Quem tem dez lâmpadas – algo razoável em residências de classe média – já aufere R$ 20 em economia. A entidade quer propagar essa informação de forma maciça. No entanto, pela abrangência e pelo tamanho do investimento necessário, inclusive com anúncios em rádio e televisão, está no momento buscando apoio governamental para a implementação da proposta.

Descarte

Por outro lado, se cresce ininterruptamente a preferência por esse tipo de lâmpada, em cujo interior há mercúrio – substância poluente -, é de se esperar que o descarte adequado do produto pós-consumo seja alvo de total atenção por parte dos importadores e do poder público.

A ABilumi identificou, no Brasil, apenas dez empresas que oferecem serviço de reciclagem de lâmpadas, a maior parte das quais em São Paulo (veja a lista no final da matéria). O número já é pequeno e, para piorar, a logística de transporte de resíduos perigosos – o caso em questão - torna-se especialmente complexa em função da legislação brasileira sobre o tema.

Da carga ao veículo, passando pelo condutor deste, são exigidas documentações, classificações e advertências – uma burocracia pautada pelo rigor. A preocupação é correta, louvável, mas um pouco mais de flexibilidade nessa operação contribuiria para facilitar, em grande parte, qualquer esforço pela reciclagem.

A ABilumi cita o exemplo da norma norte-americana “Standards for Universal Waste Management - 40 CFR Part 273 Subpart B”, que estabelece regras especiais para o transporte de resíduos perigosos em pequenas quantidades. O limite para encaixar-se nessa legislação é de até 5 toneladas.

Conforme a entidade, a simplificação do transporte de pequenas quantidades de lâmpadas queimadas tem como objetivo facilitar que o consumidor possa destinar corretamente os seus resíduos. Devido á baixa concentração do lixo, a toxidade também é baixa.

O efeito prático da norma nos EUA é reduzir o custo da logística reversa sem que o risco aumente significativamente. É permitido que os postos de coleta armazenem por até 10 dias tal quantidade de lâmpadas (até 5 toneladas), sem a necessidade de grandes investimentos e autorizações dos órgãos ambientais.
Em suma, nos EUA, tanto a destinação dos resíduos pelo consumidor como a coleta e armazenamento de pequenas quantidades de lâmpadas têm menos exigências que no Brasil.

Cuidados

O consumidor também precisa ter cuidados no manuseio e uso das lâmpadas fluorescentes, especialmente se houver quebra de uma delas, o que libera o mercúrio no ar. Confira a seguir os procedimento recomendados pela ABilumi nessa circunstância.

Não usar equipamento de aspiração para a limpeza;

Logo após o acidente, abrir todas as portas e janelas do ambiente, aumentando a ventilação;

Ausentar-se do local por, no mínimo, 15 minutos;

Após 15 minutos, colete os cacos de vidro e coloque-os em saco plástico. Procure utilizar luvas e avental para evitar contato do material recolhido com a pele;

Com a ajuda de um papel umedecido, colete os pequenos resíduos que ainda restarem;

Coloque o papel dentro de um saco plástico e feche-o;

Coloque todo o material dentro de um segundo saco plástico. Assim que possível, lacre o saco plástico evitando a contínua evaporação do mercúrio liberado;

Logo após o procedimento, lave as mãos com água corrente e sabão.
Extraído do site: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010125060623
Veja os vídeos nestes links.
http://www.youtube.com/watch?v=6wvaQoOkaYs
http://www.youtube.com/watch?v=GfrAT1bJ0ow
No orkut visitehttp://www.orkut.com.br/Main#FavoriteVideos.aspx?u=http%3A%2F%2Fwww.youtube.com%2Fwatch%3Fv%3DGfrAT1bJ0ow&sm=add

terça-feira, 1 de junho de 2010

Tratamento gratuito dos dentes na SOASE

Em parceria com a AVEPEMA, o tratamento consiste em limpeza, obturação e extração dos dentes.
Portanto aproveite a oportunidade e dê um trato no visual.

Dentista - Atendimento Gratuíto na ONG SOASE

O Conselheiros do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Cidade Tiradentes Milton Roberto (recém eleito) e a veterana Rg Chaves conseguiram formalizar uma parceria com a ONG AVEPEMA e trouxeram este projeto de tratamento dos dentes.
Até o próximo sábado 5 de junho, até as 17 horas, estará acontecendo esta campanha de tratamento dentário com a parceria da AVEPEMA.
Limpeza dos dentes, tratamento de cáries e em último caso extração, o atendimento é gratuito e menores de idade só com acompanhamento dos responsáveis.
O atendimento começa as 8 horas da manhã e vai até as 5 da tarde.
Aproveite esta oportunidade para dar um trato no visual.

Resíduo eletrônico: O que fazer? Entrevista especial com Hugo Veit

A ONG SOASE está aceitando doações de equipamento eletro-eletrônico para reciclagem, funcionando se recupera e o que não está funcionando tenta-se consertar. O restante se recicla dando emprego aos moradores da Cidade Tiradentes nos projetos da ONG. Veja nesta entrevista retirado do site da AVEPEMA, as explanações de Hugo Veit.
Seu computador estraga ou você decide comprar um novo celular. O que você faz com o equipamento antigo? Segundo o professor de Engenharia de Materiais da UFGRS, Hugo Veit, os brasileiros produzem cerca de 300 mil toneladas de resíduo eletrônico anualmente. Infelizmente, o país ainda não tem locais apropriados para descarte desses equipamentos.

Em entrevista, por telefone, à IHU On-Line, Veit alerta para os riscos ambientais que os resíduos eletrônicos podem trazer. “A composição química desses resíduos é muito variada. Se esses metais forem descartados de forma incorreta na natureza, eles vão contaminar o solo, o lençol freático, a água, e, de uma forma ou de outra, isso volta para nós”, destaca. Para o professor, uma das formas para evitar a grande produção deste tipo de lixo é frear o consumismo, uma tarefa nada fácil. “É difícil desmaterializarmos. Temos a vontade de sempre acompanhar a tecnologia, com equipamentos mais novos”, defende.

Hugo Veit possui graduação em Engenharia Metalúrgica, mestrado e doutorado em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de Materiais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente, é professor da Escola de Engenharia/Departamento de Materiais e pesquisador do Laboratório de Corrosão, Proteção e Reciclagem de Materiais (LACOR).

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que pode ser considerado resíduo eletrônico?

Hugo Veit – Todo o tipo de equipamento como mp3, mp4, computador e celular. Esses aparelhos são considerados eletro-eletrônicos, assim como suas pilhas e baterias. Tudo isso é lixo eletro-eletrônico. O que acontece hoje é que a linha branca, que contempla geladeiras, fogões, máquinas de lavar roupas etc., que antigamente não se enquadravam como lixo eletrônico, começa a fazer parte deste grupo, já que têm em seu sistema cada vez mais eletrônicos embarcados.

IHU On-Line – Onde vão parar os resíduos eletrônicos e qual é o lugar certo?

Hugo Veit – Existem vários destinos para esse lixo. No campo doméstico, não há onde depositá-los, então, muita gente ainda descarta celulares, televisores e computadores velhos junto ao lixo seco. Atualmente, as grandes empresas ou órgãos públicos fazem parcerias, principalmente com ONGs, para remanufatura ou reciclagem. Eles recebem equipamentos defeituosos ou obsoletos, como processadores, por exemplo, e utilizam as peças para remontar produtos que estejam em condição de uso.

Depois, esses aparelhos geralmente são doados para centros de inclusão digital. Os consumidores domésticos que possuem lixo eletrônico em casa devem levá-lo a esses órgãos sociais, não existe alternativa. Não existem pontos de coleta para esse tipo de resíduo, com exceção de pilhas e baterias. Como o volume é menor, encontramos depósitos para esse tipo de produto em bancos e universidades, por exemplo. As operadoras de celulares também disponibilizam urnas de coleta para celulares obsoletos. O ideal seria levar esse material para indústrias de reciclagem, mas como elas não existem de forma esquematizada no Brasil, o essencial é não misturar o lixo eletrônico com o lixo orgânico ou seco. Caso não haja uma urna de coleta próxima, é interessante procurar entidades sociais que aceitam doações de equipamentos estragados.

IHU On-Line – Que tipo de problemas ambientais os resíduos eletrônicos podem trazer?

Hugo Veit – Vários tipos, pois a composição química desses resíduos é muito variada. Em sua fabricação, são utilizados muitos tipos de metais, e alguns deles são tóxicos. Há chumbo, mercúrio e cádmio, por exemplo. Se esses metais forem descartados de forma incorreta na natureza, eles vão contaminar o solo, o lençol freático, a água, e, de uma forma ou de outra, isso volta para nós. Há outros tipos de compostos químicos que se misturam ao plástico da carcaça do aparelho, que são à base de bromo. Esses compostos são utilizados como retardadores de chama. É uma questão de segurança, mas, no momento da reciclagem, esses compostos, em contato com a natureza, serão prejudiciais à saúde humana. Eles atacam o sistema nervoso, endócrino e respiratório.

IHU On-Line – Qual é o volume brasileiro de lixo eletrônico?

Hugo Veit – Não temos uma estatística muito confiável de quanto resíduo é gerado. O que se tem são dados de vendas de equipamentos. No ano passado, foram vendidos cerca de 40 milhões de celulares e 12 milhões de computadores no Brasil. Cada aparelho tem uma vida útil específica, no caso do celular, é de mais ou menos um ano e meio. No final desse tempo, milhões de aparelhos vão para o lixo. No caso dos computadores, a vida útil é de cerca de três anos.

“Se somarmos todos os produtos, produzimos cerca de 300 mil toneladas por ano de resíduo eletrônico”
A estatística em torno da quantidade de resíduos ainda é insuficiente. O que se tem é um relatório da ONU. No ano passado, foi publicado um relatório com dados de 2005. No trabalho de pesquisa da organização, chegou-se a valores de meio quilo de resíduos de computador por habitante, anualmente, no Brasil. Se pensarmos nisso, levando em conta que temos cerca de 190 milhões de habitantes, teremos 95 milhões de quilos de resíduos só de computadores. No caso dos televisores, são 0,6 quilos por habitantes. Se somarmos todos os produtos, produzimos cerca de 300 mil toneladas por ano de resíduo eletrônico.

IHU On-Line – O senhor pode nos explicar quais são as rotas que podem ser usadas para reciclagem?

Hugo Veit – Há dois tipos de reciclagem: a de metal e a de plásticos. Na parte de metais, temos, basicamente, quatro rotas possíveis, todas baseadas em processos metalúrgicos, de fabricação de metais a partir da natureza. Existe a pirometalurgia, cuja ideia é baseada em processos térmicos com a fundição do resíduo. Quando imaginamos um resíduo eletrônico dentro de um forno, por exemplo, a ideia é queimá-lo. A parte plástica irá evaporar e a parte metálica vai virar uma liga metálica. É a partir dessa liga que se separa o cobre do ferro, do alumínio etc. O problema dessa rota é que, como estamos queimando o lixo, e a parte plástica é tóxica, devemos ter um bom sistema de escapamento. Porém, processos térmicos têm um grande consumo energético, já que exigem altas temperaturas.

Outra rota é a hidrometalurgia. A ideia é lavar o resíduo para dissolver a parte metálica e levar os metais para uma solução iônica. Assim, podemos separá-los entre si.

A terceira rota é o processamento mecânico, onde se utiliza a diferença de propriedades físicas. Sabemos que alguns metais são mais pesados, magnéticos ou condutores.

A quarta rota para reciclar metais é eletrometalurgia, que, ao invés de conservar os metais na forma sólida, os dissolvem em uma solução iônica, onde podemos reduzi-los a uma célula para que os metais possam ser separados.

Na parte dos plásticos, temos algumas alternativas com três rotas principais: a reciclagem mecânica, química e energética. A reciclagem energética é baseada na ideia de que o plástico é originado do petróleo, e que, em princípio, ele é um combustível que pode ser queimado para a geração de energia. Claro que não é uma queima a céu aberto, é uma queima controlada.

A reciclagem química tem a ideia de pegar o plástico dos equipamentos e transformá-los novamente em um produto petroquímico, como se estivéssemos partindo do petróleo e usando-o para fazer plástico.

Por fim, a reciclagem mecânica é a mais utilizada. Consiste em quebrar o plástico, pegar um tipo de polímero, cuidando para separar os plásticos por tipos, triturá-lo, e, com esse material moído, fazer uma peça plástica. Isso pode ser feito com 100% de material reciclado ou com um percentual de material novo.

IHU On-Line – O setor informal pode reciclar também esses resíduos?

Hugo Veit – Isso é muito complicado. A grande dificuldade da reciclagem de eletro-eletrônicos é a complexidade. Não é uma reciclagem simples e manual. Associações de catadores, por exemplo, não terão equipamentos mais sofisticados para separar esses materiais. É diferente de pegar lixo seco e fazer a separação dos componentes. A reciclagem de eletrônicos envolve processos industriais mais elaborados, com várias etapas.

IHU On-Line – De que forma a sociedade mundial precisa avançar para a desmaterialização?

Hugo Veit – É difícil desmaterializarmos. Temos a vontade de sempre acompanhar a tecnologia, com equipamentos mais novos, mais modernos, com mais recursos. Isso se dá também pela vida útil muito curta dos aparelhos. Porém, muitas vezes, trocamos de celular, por exemplo, não porque ele estragou, mas porque queremos um novo. Esta é uma questão de educação ambiental.

“Muitas vezes, trocamos de celular, por exemplo, não porque ele estragou, mas porque queremos um novo”
A educação de casa, do colégio, deve fazer com que o consumismo não seja tão importante em nossas vidas. O Brasil, principalmente, tem muito que evoluir. Existem outros países onde o consumismo não é tão grande, e mesmo que seja, alguns possuem uma boa educação ambiental e conseguem separar bem o lixo. Quanto mais segregado for o resíduo que geramos, mais viável será o processo de reciclagem. No Brasil, falta muito para uma evolução. Não temos legislação para o lixo eletrônico, então de quem é a responsabilidade? Não existe uma corresponsabilidade. Temos muito que crescer em termos de reciclagem, coleta, educação e conscientização no Brasil.

[IHU On-line é publicado pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

Imagem: Portal EcoDebate