terça-feira, 6 de julho de 2010

Geração Térmica de Energia Elétrica

"O aterro convencional é uma opção inviável do ponto de vista ambiental e econômico" Luciano Prozillo, dono da Micro Ambiental

Em 2001, Luciano Prozillo, engenheiro e especialista em finanças, desembarcou em São Paulo após seis anos na Europa e na Ásia. Nesse período, ele atuou na estruturação de projetos de financiamento de obras de grande porte: usinas siderúrgicas, hidrelétricas e gasodutos. Voltou ao Brasil e fundou a Micro Ambiental para apostar em geração de energias alternativas e na venda de créditos de carbono. Setores emergentes que, se bem trabalhados, poderiam render bons dividendos. Para isso Prozillo contava com um capital de US$ 2,5 milhões e uma fornida agenda de contatos. Ela lhe rendeu dividendos, como a assinatura de um contrato com a russa Gazprom para a venda de dois milhões de toneladas em crédito de carbono. E também alguns dissabores. No final de 2007, o empreendedor foi arrolado no escândalo de pagamento de propina envolvendo o banco alemão KfW, executivos da Geração Térmica de Energia Elétrica e do Grupo Winimport, no qual tinha uma fatia minoritária. Ele alega que não teve qualquer participação no caso, tanto que não sofreu nenhuma sanção legal. No início do mês passado, o empresário deu o passo mais importante em sua trajetória no setor ambiental ao assinar o contrato para implantação de duas centrais de tratamento de lixo em Matozinhos (MG). A novidade é que a usina opera com uma tecnologia até então inexistente no Brasil, no qual os resíduos são "queimados" em um reator de micro-ondas. Hoje, o que vigora é o sistema de empilhamento do lixo sobre camadas de lonas. "O aterro convencional é uma opção que já se mostrou inviável para o País. Tanto do ponto de vista ambiental quanto econômico", argumenta o empresário.
O equipamento foi desenvolvido em parceria com pesquisadores das universidades federais de Mato Grosso e Santa Catarina. Em quatro anos foi investido R$ 1,5 milhão.
Segundo Prozillo, o modelo de negócio criado por ele permite transformar o lixo em dinheiro. Literalmente. Isso se dá com a venda de materiais recicláveis, a comercialização de créditos de carbono e a produção de energia elétrica a partir da queima controlada dos resíduos (ver infográfico). Caso o cliente opte em adquirir uma unidade de craqueamento de plástico, também comercializado pela Micro Ambiental, ele tem a
possibilidade de converter esse material em gasolina e óleo diesel. Com isso o empresário espera multiplicar por dez, já no primeiro ano, o faturamento atual de R$ 30 milhões. Para Prozillo, outro grande mérito do negócio é a simplicidade. As máquinas, fabricadas por empresas terceirizadas, têm um elevado grau de automação, e para operar uma usina-padrão, que custa R$ 10 milhões, são necessárias apenas 15 pessoas, divididas em três turnos. "O investimento se paga em até 24 meses", diz ele. É com esse discurso que ele
espera seduzir prefeitos de pequenos e médios municípios, que hoje depositam o lixo em locais irregulares ou pagam para levar o material para outras cidades.
Outra vertente que Prozillo pretende explorar é a parceria com os administradores dos aterros já existentes. Os acordos serão negociados pela subsidiária Propower Energy, encarregada de instalar equipamentos de micro-ondas e craqueadores nestas unidades. Os primeiros contratos já estão sendo costurados com empresas de São Paulo e do Paraná, cujos nomes ele não revela. Atualmente, apenas algumas poucas concessionárias, como a Novagerar, do Rio de Janeiro, e a Batre, da Bahia, conseguem extrair dividendos do lixo. Graças à venda do gás metano extraído do lixo e usado para a geração de energia. O grande desafio de Prozillo é provar que o modelo concebido por ele é realmente viável na prática.
Como funciona a Unidade de Tratamento de Resíduos Urbanos






1) Os resíduos chegam à estação e 2) seguem para uma esteira de separação na qual os elementos recicláveis (plástico, papelão e metais) são separados. 3)
O restante é enviado a um triturador. 4) Depois segue para um reator de micro-ondas no qual passa por um processo de depuração, a altas temperaturas, o que reduz em 90% seu tamanho. 5) A mistura segue, então,
para um equipamento em que se transforma em pequenos bastões (briquetes). 6)
Eles servem de combustível para aquecer a caldeira a vapor da usina energética. 7) A eletricidade é enviada à concessionária local através de linhas de transmissão.

http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/393_ELE+ADORA+LIXO?comment=success

O Conselheiro Ambiental do CADES/CT Milton Roberto atuante na ONG SOASE tem este propósito de instalação de uma usina ao lado da Central de Triagem  no espaço da COOPERATIRADENTES.
A proposta é que a Cidade Tiradentes recicle 100% de seu lixo, ou 99%. e que cada subprefeitura tenha a sua destinação final do lixo própria.
Veja neste blog mais informações sobre queima de lixo para gerar energia.

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