segunda-feira, 27 de abril de 2009

Precisamos ampliar a coleta seletiva

(Publicado por Moderador do Banco do Planeta em April 24, 2009 às 1:00pm)


No Brasil, ainda predominam os lixões a céu aberto, causando danos à qualidade do ar, das águas e do solo onde estão, além de trazer riscos à saúde pública.Segundo o IBGE, apenas 32,2% dos municípios brasileiros têm aterros sanitários e, destes, apenas 51,2% têm impermeabilização do solo e 21,6% tratam o chorume (líquido resultante da decomposição de materiais orgânicos) que geram.Ali, restos de comida e papéis higiênicos apodrecem misturados a todo tipo de materiais que poderiam ser reaproveitados. Escapam desta sina uma parcela muito pequena de recicláveis, como mostra o caso da Cooperlínia.Esta cooperativa funciona em Paulínia, SP, junto do aterro privado Estre, que recebe resíduos de 900 empresas e de 22 municípios da Grande Campinas - sem incluir a própria. Ali, chegam diariamente 4.000 toneladas de dejetos por dia; para a Cooperativa, apenas 150 toneladas ao mês.“Queremos influenciar políticas públicas de reciclagem e ampliar os programas de coleta seletiva”, declara Juscelino Dourado, responsável pela Estre. “Pode parecer um contrassenso, mas a separação de lixo ainda é tão pequena no Brasil que pode ser ampliada drasticamente sem, contudo, eliminar a necessidade de aterros”, esclarece o profissional. As instalações da Estre naquele município estão servindo como um campo de educação, mostrando na prática quantos materiais são descartados todos os dias e o desafio ambiental que isso provoca. Para atender os constantes pedidos de visitas, foi montado junto da unidade de operação um Centro de Educação Ambiental, que em seu primeiro ano de funcionamento recebeu mais de 14 mil estudantes, de todas as idades.Para administrar o centro e ampliar o trabalho com professores e com a comunidade do entorno, foi criado o Instituto Estre, cujos focos de atuação são a coleta seletiva, o reflorestamento urbano e a educação ambiental. Em 2008, 1.033 professores de 19 municípios da região metropolitana de São Paulo participaram ali de capacitação e cursos, e o ano de 2009 começou com 9.000 alunos agendados para visitação ao aterro.O material didático utilizado foi construído em conjunto com os professores, e uma maquete explicando todo o funcionamento do aterro, em oposição a um lixão, ajuda na compreensão dos desafios colocados pelo lixo.

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