7º Congresso do CPERS Sindicato – 30/07 a 01/08/2010
2010 – Ano Internacional da Biodiversidade
2010 – Ano Internacional da Biodiversidade
Os graves problemas ambientais que atualmente se apresentam como a grande ameaça ao futuro da humanidade são provenientes do modelo de exploração dos recursos naturais implantado com a Revolução Industrial e o fortalecimento do capitalismo como sistema político e econômico.
A exploração sem limites da natureza, a expansão do consumo e consequente produção de resíduos podem tornar improdutivas e inabitáveis amplas áreas territoriais, alterando as paisagens, contaminando os recursos hídricos e inviabilizando a produção de alimentos saudáveis. A contaminação das águas continentais e oceânicas, do ar e do solo por fertilizantes nitrogenados é um dos graves problemas causados pela agricultura industrial. A substituição de áreas nativas por florestas exóticas afeta negativamente a macro e a micro biodiversidades, tornando os solos improdutivos e concentrando a propriedade das terras. As mudanças e alterações climáticas são inevitáveis e as catástrofes daí decorrentes originam refugiados ambientais que literalmente não tem para onde ir.
Irresponsabilidades como a da BP e governo dos USA no Golfo do México é mais um episódio que demonstra a falta de planejamento e de compromissos das corporações e governos com a natureza. A esperança dos capitalistas e mega empreendimentos está nas novas tecnologias como a biologia sintética, a nanotecnologia e a geoengenharia como resposta aos problemas ambientais. A COP-15 (15ª Conferência das Partes da ONU, Copenhague, dezembro/2009) em que 184 países estiveram presentes, foi um fracasso para o futuro e um retrocesso em relação ao Protocolo de Kyoto de 1997.
Considerando a urgência de alterar as relações de produção e consumo e preservar para as futuras gerações um ambiente saudável e com condições de suprir suas necessidades de sobrevivência, os Trabalhadores em Educação presentes no 7º Congresso do CPERS Sindicato assumem como sua responsabilidade a luta por um ambientalismo coerente e engajado na construção de um novo modelo de sociedade, solidária, democrática e sustentável, em que o crescimento econômico e tecnológico esteja vinculado ao desenvolvimento social, cultural e ético dos seres humanos. A Educação Ambiental não pode ser acessório de ações, atitudes e mecanismos imediatistas e simplificados que se tornam auxiliares do mercado. Deve ser preventiva, internacionalista e presente em todos os níveis de ensino, possibilitando a construção da autonomia humana e das sociedades como protagonistas do futuro. As questões ambientais devem ser anexadas às reivindicações, lutas e mobilizações com um caráter anticapitalista e revolucionário, estando presente nos projetos políticos das organizações dos trabalhadores e seus aliados (sindicatos, centrais sindicais, estudantes, movimentos de desempregados, sem tetos, sem terras, pequenos agricultores, indígenas, movimento negro, etc.).
Proposta de Resolução apresentada por Antonio Silvio Hendges [E-mail: as.hendges{at}gmail.com], Professor de Biologia e Agente Educacional no RS
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