terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Seminário Reciclagem Energética teve muitas críticas dos catadores.

Qual a Solução para a Gestão de Resíduos
Encontro debateu soluções para as 15 mil toneladas de lixo produzidas diariamente no município
A Frente Parlamentar Pelo Uso Racional e Responsável de Produtos e Incentivos da Reciclagem de Materiais na Cidade de São Paulo, presidida pelo Vereador Francisco Chagas (PT), realizou o 1 º encontro, nesta segunda-feira (07/12), com o tema: a “Reciclagem Energética: Uma Solução Definitiva para o Lixo”. “A finalidade foi o debate sobre os problemas que a cidade enfrenta quanto à coleta, transporte e destinação das quase 15 mil toneladas de lixo produzidas diariamente”, explicou Chagas. Segundo o vereador “os especialistas dizem que é preciso salvar o planeta, mas eu acho que a gente deveria começar o debate perguntando como salvar a nós mesmo, já que somos participantes dessa produção de lixo e de emissões de gás.”

o Anfitrião Vereador Francisco Chagas e o prefeito Kassab

O Prefeito Gilberto Kassab e o Secretário Municipal de Serviços, Alexandre de Moraes, foram os primeiros a falarem na abertura do Seminário. O prefeito parabenizou o Vereador Francisco Chagas pela iniciativa e concordou que “alguma coisa está errada” já que a prefeitura irá investir R$ 3,6 bilhões na Saúde, em 2010, e R$ 1,6 bilhões para a limpeza pública.
O Secretário de Kassab  Orlando Moraes pediu que a população reciclasse o "lixo caseiro"
Já o Secretário Alexandre de Morais, ressaltou que o Orçamento do município para 2010, apresenta margens para a ampliação da coleta seletiva do lixo, além de uma estratégia conjunta com a Secretaria Municipal da Educação que implantará nas escolas a coleta seletiva.
  O diretor do Departamento de Gestão Ambiental do município de Santo André, Jarbas Elias Zuri Jr., avaliou os inconvenientes de uma cidade que tem o seu próprio aterro sanitário; o custo elevado para mantê-lo, como aumentar os pontos de coleta. Jarbas disse que a cidade estuda a implantação de tecnologias para a transformação do lixo em energia.

Os catadores não gostaram do termo usado pelo secretário e ainda disseram que a proposta já era "prato feito"
Boa parte dos presentes era de catadores e até o presidente do Movimento Nacional dos catadores estava presente.

O gerente do Setor de Apoio a Programas Especiais da CETESB, engenheiro Aruntho Savastano Neto, apresentou em slides todo o planejamento de como o Estado prepara-se para tratar da questão, desde a disposição dos resíduos, a recuperação energética, a reciclagem, o reuso, a minimização até a prevenção. Para Aruntho “o aterro sanitário é um desperdício, porque se joga fora um valor residual altíssimo”.

Afonso Celso de Moraes, Diretor da Limpurb diz que não existe solução única  e sim um conjunto de soluções - "Devemos nos preocupar com o inicial da linha, a redução de consumo"

Os presidentes das concessionárias da Prefeitura na área do lixo, EcoUrbis e da Loga, Ricardo Arcar e Luiz Gonzaga, respectivamente, chamaram a atenção quanto a falta de agência reguladora para a questão do lixo que, segundo eles, não existem na cidade, o que torna a atividade insegura. “Não adianta coletar lixo, se não tem onde colocá-lo”, disse Luiz Gonzaga. “Nós depositamos há cinco anos, 5% do faturamento das duas empresas na conta da Prefeitura para que ela crie a Agência Reguladora, porque até hoje ela não criou? Por que há cinco anos não há uma política pública da Prefeitura para esta questão do lixo?”, questionaram os dois empresários. 
O Vereador Francisco Chagas acha que a questão do lixo não deve ser da alçada municipal e sim estadual devido a sua importância.

Jorge Pesci e Henrique Saraiva da  Usina verde, na mesa a dra. Maria Helena Orth
O Coordenador de Energia da Secretaria Estadual de Saneamento e Energia, Dr. Jean Negri, revelou que já está em estudo a viabilização da implantação de uma usina de reciclagem nos moldes europeus, com financiamento do BID.

Pesci diz que sua usina usa 4 catadores da cooperativa.




O Vereador Chagas, disse que o Seminário deu pistas da dimensão do problema que vamos enfrentar e adiantou que no início do ano que vem, a Frente Parlamentar irá chamar um 2º seminário para ouvir aqueles que sobrevivem da coleta do lixo e da reciclagem.



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